Você tem medo de cair em golpes? Eu tenho. Muito mais agora que deixei de ser jovem. E mesmo que busque me manter informada e atenta, não considero impossível que um dia qualquer eu embarque na conversa de algum sociopata carismático. O fato é que não boto a mão no fogo por mim. Nem por você. Pelo contrário. Tenho convicção de que qualquer um pode ser vítima. Inclusive aqueles que se julgam os mais espertos.
No final do ano passado, uma amiga tirou todo o dinheiro do banco convencida de que o Lula, quando assumisse, iria bloquear as poupanças. Era uma notícia falsa, mais uma entre tantas que assombraram o Brasil naqueles meses loucos.
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Minha amiga poderia ter ficado nisso. Mas foi além. Ao invés de optar por um investimento tradicional e seguro, ela aplicou em bitcoins. Nessa altura, você já entendeu o que aconteceu. Ela acabou nas mãos de uma empresa fraudulenta e perdeu tudo. Resultado: lá se foram as economias de uma vida, uma soma bem expressiva. No lugar ficaram depressão e vergonha.
Humanos enganam humanos desde que nossos primeiros antepassados começaram essa longa e fascinante caminhada pelo planeta. Há pessoas que sentem um prazer perverso ao passar a perna nos outros. Sem culpa. Sem um traço de remorso. Isso não vai mudar. É tão constitutivo de nossa estrutura emocional quanto sentir compaixão, por exemplo. Só que é uma maldade.
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Para levar a cabo a estratégia de se aproveitar da ingenuidade alheia, nós, Homo sapiens, lançamos mão de criativos artifícios. Existem golpes rápidos como o falso sequestro e o conto do bilhete premiado. Existem os que levam dias, semanas, às vezes meses. Golpistas que seduzem com promessas de amor (esse é um clássico que a internet tratou de potencializar) e golpistas que acabamos por reconhecer e, mesmo assim, deixamos nos ludibriar.
Explicar por que caímos como patos é tarefa para os estudiosos da mente. Eu, por aqui, só passo para lembrar: temos que nos proteger. A experiência de ser vítima de uma armadilha financeira costuma ser devastadora. Não é porque estamos envelhecendo e as tecnologias avançando de forma veloz que devemos nos render. Ninguém precisa ficar pateta porque já passou dos 50, 60 anos. E tampouco se achar mais sábio que a maioria. Foco na realidade, meu amigo. Confiar é bom. Mas ficar de olhos bem abertos, melhor ainda.
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