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Há 79 anos, Gazeta mantém relação de confiança com os assinantes; veja relatos

Marga, Delcilio, Jorge e Terly há anos recebem e acompanham as edições da Gazeta do Sul | Fotos: Rafaelly Machado e Cláudia Priebe

Desde 1945, ano de sua fundação, a Gazeta do Sul tem fortalecido laços de confiança com seus assinantes e impactado gerações. Dentre os exemplos retratados nesse especial, um deles mantém a assinatura ativa, de forma ininterrupta, há 79 anos, e reforça o sentimento de credibilidade naquilo que se lê. Seja no impresso ou no online, o conteúdo entregue pela Gazeta é resultado de um trabalho sério e comprometido, desenvolvido por profissionais altamente qualificados, e que se alicerça, sobretudo, na verdade.

Isso, por si só, justifica a longevidade do jornal e faz com que o compromisso assumido, quando da sua criação, seja renovado diariamente a cada edição. A todos os assinantes, independentemente de quanto tempo essa relação tenha se estabelecido, fica a certeza, no rumo aos 80 anos, que a Gazeta do Sul seguirá fazendo mais e melhor.

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Marga Sílvia Waechter

Assinatura ativa desde 1945

Em uma das primeiras casas construídas no estilo enxaimel, em Rio Pardinho, no 9º distrito de Santa Cruz do Sul, quando da chegada dos colonizadores à região, há cerca de 175 anos, vive a neta de um dos assinantes mais antigos da Gazeta do Sul. Marga Sílvia Waechter, 75 anos, conta que seu avô, o imigrante Alfredo Pittelkow, comprou a propriedade em 1928, com a moradia já edificada, para ali viver. Nessa época, Elga, a mãe de Marga, tinha seus 7 anos. “Quando nasci meu avô já tinha falecido, mas minha mãe sempre contava essa história e dizia que ele era agricultor e tinha negócios numa antiga cooperativa. Foi ele quem fez, em 26 de janeiro de 1945, a assinatura que tenho até hoje”, contou.

Com o falecimento do avô, a assinatura da Gazeta do Sul passou para o nome de Sebaldo Lindolfo Waechter, pai de Marga. “Nunca foi interrompida. Lembro que, no início, não tinha muitos pontos de entrega e a gente tinha que retirar o jornal onde hoje funciona o posto de saúde e a subprefeitura”, disse ela. Os anos se passaram e a assinatura mudou para o nome de Marga. “Eu fui morar na cidade para trabalhar e aí passei a assinatura para o meu nome e transferi o endereço de entrega. Nos fins de semana, ia visitar meus pais e levava a Gazeta junto para eles lerem”, explicou. Tão logo se aposentou, Marga voltou a morar na propriedade da família e o endereço da assinatura foi novamente alterado.

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Assim como não pensa “de jeito nenhum” em vender a casa centenária, ela não cogita deixar de ser assinante. “Meu avô deixou isso para a nossa família e eu vou manter enquanto eu puder”, disse, ao lembrar que o jornal, inclusive, foi muito importante para manter sua mãe com a mente ativa. “Ela viveu até os 90 e poucos anos e sempre gostou de ler. Era uma pessoa atualizada e mesmo com a idade avançada sabia de tudo o que acontecia no jornal, no rádio e na televisão”, relatou. Da mesma forma, Marga conta que sempre teve hábito de ler e hoje, depois de conferir o conteúdo e se informar, ela ainda dá outra utilidade ao jornal – aproveita o papel em atividades rotineiras e divide com os vizinhos.

Assinatura foi feita originalmente pelo avô de Marga | Foto: Rafaelly Machado

Delcilio Pereira da Silva

Assinatura ativa desde 1953

O motorista de ônibus aposentado Delcilio Pereira da Silva, 72 anos, morador do bairro Arroio Grande, mantém ativa a assinatura herdada do sogro e que tem quase a sua idade. Foi em 1º de junho de 1953 que Nelson Weiss, já falecido, tornou-se assinante da Gazeta do Sul. Morador do distrito de Monte Alverne à época, ele ofereceu o jornal a Delcilio ao perceber que o futuro genro tinha o hábito constante de ler. “Eu ia visitar a minha namorada e lia todo o jornal do pai dela. Sempre que estava lá era a mesma coisa, até que um dia ele me perguntou se eu não queria transferir a assinatura para o meu nome, já que gostava tanto de ler. Eu aceitei e assumi o pagamento da assinatura e mantenho esses anos todos”, recorda.

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Décadas se passaram desde então. Delcilio se casou com a namorada, Elani, com quem teve dois filhos – Charles e Anderson, hoje com 28 e 38 anos, respectivamente. Há pouco mais de um ano, tornou-se avô da pequena Isabella e também ficou viúvo, após 43 anos de casamento. Em meio a todos esses acontecimentos e reviravoltas da vida, a presença da Gazeta do Sul se manteve intacta na família. As edições impressas sempre estiveram na rotina de Delcilio, da falecida esposa e dos filhos, nos mais variados momentos.

Ele lembra, por exemplo, que quando retornava das viagens de trabalho aproveitava o tempo de folga para conferir na Gazeta o que tinha acontecido na cidade. “A minha mulher também gostava muito de ler. Eu viajava e quando voltava pra casa ficava sentado aqui na frente [na varanda próximo à calçada] lendo o jornal. Até hoje tem ex-colegas que passam por aqui e buzinam pra mim”, relata, garantindo que “ler a Gazeta já se tornou um vício”. “Pelas 3h30 da manhã, a gente já ouve o entregador largar o jornal no pátio de casa e de manhã cedinho é uma briga para ver quem lê primeiro”, revela.

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Nesse período, Delcilio também foi notícia nas páginas da Gazeta do Sul, tendo participado de matérias especiais pelo Dia do Motorista, enquanto funcionário da Viação União Santa Cruz. “Mais de uma vez me convidaram para entrevista. Sempre fazia porque era um dos motoristas mais antigos na função. Também teve uma vez em que participei porque puxei o desfile pelo Dia do Motorista.”

De modo geral, ele gosta de conferir as páginas de classificados, especialmente os anúncios de veículos, área com a qual se identifica, já que por mais de 40 anos trabalhou ao volante fazendo linhas interestaduais, especialmente para o litoral catarinense, além de, eventualmente, nos meses de janeiro e fevereiro, linhas de turismo.

Delcilio também já foi tema de matérias na Gazeta do Sul | Foto: Rafaelly Machado

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Jorge Medina Teixeira

Assinatura ativa desde 1986

Embora tenha se tornado assinante da Gazeta do Sul em abril de 1986, foi ainda na década de 1960 que o mecânico industrial aposentado Jorge Edson Medina Teixeira, 70 anos, morador do Bairro Bonfim, estreitou laços com a empresa. Ele ocupou a vaga de entregador de jornal no lugar do irmão, Alceu, que já atuava na Expedição. Na época, conciliava o trabalho com as aulas do Ensino Médio e do curso de mecânica. Jorge conta que fazia as entregas a pé, três vezes por semana. “Entregava à noite, entre o Centro e o Arroio Grande. Naquele tempo era seguro andar na rua nesse horário”, avalia. Em dias de chuva, era preciso recorrer à capa e ao guarda-chuva. “Era assim, a gente não tinha dinheiro para comprar galocha”, confidencia.

Por cerca de três anos permaneceu na função e, em meados de 1970, foi morar em Santa Maria, diante da necessidade de mudança de seus pais. Cinco anos depois, no entanto, voltou a Santa Cruz para trabalhar na sua área de formação, em uma companhia de cigarros, na qual prestaria serviços por mais de 30 anos. Com a vida estabelecida, já casado e com filhos, foi quando a primogênita Luciane começou a estudar que decidiu fazer a assinatura da Gazeta. Algum tempo depois, ela e a irmã Caroline seriam notícia nas páginas da Gazeta do Sul por suas participações em concursos de escolha de rainha (da escola Luiz Dourado e das piscinas).

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Leitor assíduo, Jorge levou exemplares da Gazeta para ler nas férias em família que curtiu até essa semana no litoral de Santa Catarina. Além disso, ele costuma participar ativamente da programação da Rádio Gazeta 107,9 FM, pedindo música ou enviando comentários aos programas. “A Gazeta está junto com nós há muito anos. O jornal está sempre se atualizando”, afirmou, referindo-se às mudanças de layout, impressão e também aos conteúdos.

“As matérias estão muito boas. Tudo é mais diversificado. Se noticiam fatos importantes, também do Brasil”, ressalta. Embora leia de tudo, Jorge ressalta sua preferência pelos textos de colunistas, classificados e previsão do tempo. Ele revela sentir falta das tirinhas do “Tapejara e o último Guasca” que eram publicadas no caderno Mix da Gazeta do Sul.

Jorge já foi entregador da Gazeta e hoje compartilha leitura com a família | Foto: Rafael Müller Tavares/Divulgação

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Terly Edemundo Tatsch

Assinatura ativa desde 1986

Foi a pedido da mãe, Petronila, uma leitora assídua e apreciadora da Gazeta do Sul, que Terly Edemundo dos Santos Tatsch, 69 anos, morador do Bairro Santo Inácio, se tornou assinante, em 1º de fevereiro de 1986. Hoje aposentado, ele recorda o quanto ela fora insistente. “Ela queria porque queria, mas tinha que ser no meu nome. A minha mãe era daquelas que liam a edição completa e guardava as pilhas de jornais; não gostava que ninguém colocasse um jornal fora”, conta, um tanto saudoso. Solicitação atendida, Terly não só se tornaria assinante, mas também um leitor de carteirinha da Gazeta.

Tanto é que ele manteve a assinatura, mesmo após o falecimento da mãe, e adotou o hábito de ler o jornal já nas primeiras horas da manhã enquanto toma seu café. “Levanto, preparo o meu café e pego a Gazeta para ler junto, todos os dias. O jornal fica sempre no lado esquerdo da mesa”, informa. “Começo vendo o resultado da loteria e o horóscopo. Aí vou para a página do esporte, olho as notícias da dupla Gre-Nal, mas bem mais as do ‘meu Colorado’, e passo para a polícia e dou uma rápida olhada no restante”, complementa. Terly assegura que a Gazeta do Sul “está bem atualizada e não perde em nada para jornais de porte maior”, como os de Porto Alegre e São Paulo, por exemplo.

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Outro ponto que destaca é com relação à abrangência regional e às melhorias registradas nos últimos anos. “Melhorou muito, em tecnologia, maquinários e impressão. O visual está mais bonito e todos os assuntos, pra mim, estão muito bons. Não mudaria nada. Sempre tem conteúdo novo”, enaltece.

Noticiado em matérias esportivas na Gazeta do Sul, Terly é também um dos recordistas em participações na Rústica e na Meia Maratona promovidas pela Gazeta. “Só não participei em duas edições”, garante, observando que corre há mais de 50 anos e mantém uma rotina de treinos três vezes por semana. “A única coisa que ainda espero na Gazeta é o Ike colocar a data do meu aniversário na coluna social dele”, brinca, adiantando que a data é 8 de janeiro.

Terly lê a Gazeta já nas primeiras horas da manhã, todos os dias | Foto: Cláudia Priebe

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