Os santa-cruzenses que não viajaram para a Serra nessa quinta-feira, 20, ficaram só na vontade de conferir a neve de perto – o sonho de muitas pessoas, especialmente em um país tropical como o Brasil. Mas os moradores mais antigos da região (e nem tão antigos assim) devem lembrar do dia em que nevou em Santa Cruz do Sul.
Há 55 anos, uma nevasca provocou medo e prejuízos na cidade e interior, em locais que, à época, pertenciam ao município – mas hoje são independentes. O caso aconteceu entre os dias 18 e 19 de agosto de 1965 e foi tema da coluna Memória, do jornalista José Augusto Borowsky, na Gazeta do Sul, há exatamente três anos, no dia 21 de agosto de 2017.
LEIA MAIS
Previsão de neve para o Estado se confirma
FOTOS: frio congela a paisagem na região; veja previsão para o fim de semana
Publicidade
Segundo a publicação da coluna, galhos de árvores quebraram com o peso do gelo e alguns fios de energia e telefone arrebentaram. Foram 30 centímetros de neve na Linha Serafim Schmidt e 28 na Linha Almeida. Em uma propriedade, três carroças de neve foram retiradas do telhado de um galpão. Animais domésticos morreram por hipotermia e mudas de tabaco foram destruídas.
O fenômeno causou pânico e prejuízos em Sinimbu, Herveiras, Gramado Xavier e Paredão. Na época, estas localidades eram distritos de Santa Cruz. Entre os danos, houve a perda de 400 cabeças de gado em Gramado Xavier e a morte de sete burros, um touro, uma novilha e 18 porcos em Linha Cristina.
Aves e animais domésticos também morreram por hipotermia e por afogamento. Em Entrada São Martinho, a nevasca também teria resultado em tragédia: mãe e filho, de 3 meses, caíram no Arroio Taquari Mirim e o bebê acabou falecendo, segundo relembrava a coluna.
Publicidade
LEIA TAMBÉM: Moradores da região relembram ataque de gafanhotos há 73 anos
Confira a publicação:
LEIA TAMBÉM
Onda de frio intenso atinge Estado a partir desta quinta
Por que dentro de casa é mais frio do que na rua?
Publicidade