Quem se depara com o currículo e a trajetória do santa-cruzense Gustavo Henrique Sehnem no universo artístico demora a acreditar que ele tem apenas 31 anos. Afinal, ele acumula tamanha experiência que é quase como se fosse um veterano no ambiente cultural. De certo modo, pode-se dizer que Gustavo nasceu em um meio artístico. Seu pai é ninguém menos do que um mestre do canto e da regência de corais, Celso Sehnem, e sua mãe, Liane, hoje radicada em São Leopoldo, nunca hesitou em incentivar o único filho a trilhar com naturalidade uma carreira musical. O mesmo apoio vinha dos avós, que igualmente tinham profunda simpatia pelo canto.
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Assim, quando Gustavo nasceu, em 28 de agosto de 1992, veio ao mundo embalado por melodias. E com elas foi crescendo e se firmando. Fez praticamente todos os seus estudos do Ensino Fundamental e Médio na escola Santa Cruz. Já no tempo do primário, por volta dos 7 anos, teve suas primeiras aulas de teclado com Farlei Roberto. E acompanhava o pai em suas tarefas como regente de vários corais. Aos 9, já se apresentou com Celso em cerimônia de casamento, tocando teclado, numa parceria da dupla que perdurou por muitos anos.
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Habitué regular em ensaios e apresentações de corais, passou a cantar nos corais de Vera Cruz e de Vale do Sol, e também no Anchieta, de Vera Cruz, tanto com seu pai quanto com Carmo Gregory. A família residiu em diferentes bairros, e, assim, suas amizades foram sendo firmadas nesses ambientes. Depois das aulas com Farlei, passou a frequentar a Academia de Música Evidências, com Ederson Sins, e logo se aperfeiçoou no piano com Jairo Padilha, por volta dos 14, 15 anos. Passou a tocar de tudo, guitarra, violão…
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Nessa altura surgiu oportunidade em conjunto de baile. Sem nunca deixar de cantar em corais, de levar adiante a parceria com o pai e até de tocar em cultos e missas. Ainda no tempo de escola começou a dar as primeiras aulas, a colegas que queriam se aperfeiçoar na música. Por fim, vieram novas passagens em conjunto de baile e projetos de rock e eletro rock. Por volta de 2010 atuou no programa Mais Educação, junto a escolas (Harmonia, Menino Deus e Guilherme Hildebrand), bem como no projeto Crescer Sempre e no Centro Social Marista Boa Esperança.
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Então, quando estava com 18 para 19 anos, Celso havia sido convidado a ser o regente do Coral Municipal de Sobradinho. Como estava com muitas tarefas, indicou o filho. Foi a primeira incursão de Gustavo por essa área. Por esse mesmo tempo, atuava junto ao Coral da Afubra. O então regente Abilio Piovesan e o coordenador do grupo, Agostinho Wilges, incentivaram-no a fazer curso de regência de corais. Foi o estímulo definitivo: nunca mais se afastou dessa área.
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Tanto que até 2016 atuava como auxiliar de Piovesan junto ao Coral da Afubra. No ano seguinte, o mestre decidiu lhe passar o bastão da regência. Além dessa formação, ele hoje é o regente do Coro Masculino da Afubra, do Coral Musical de Vale do Sol e do Coral Infantojuvenil de Vale do Sol. Já atuou junto ao Vozes do Sul e ao Bom Pastor, da IECLB, e ao Santo Afonso, de Linha Santa Cruz. Junto ao Coral da Afubra, em 2015, coordenou a produção do DVD. Antes, em 2005, havia participado de gravação do Coral Municipal de Vera Cruz, como contralto.
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E, claro, vieram parcerias com amigos e colegas. A partir do ambiente das aulas que lecionava na Batera’s School, de Diego Maracci, surgiu o embrião da orquestra Santa Brass Band. Ao lado de Diego, e de Lucas Kist e André Dreher, ainda forma a Privilege Jazz. “Na música formaram-se amizades de uma vida inteira”, comenta.
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Enquanto tocava, cantava, regia, lecionava e também compunha, seguiu nos estudos. Fez a licenciatura em Música, concluída em 2020, e depois pós em Regência Coral Infantojuvenil, em 2022, ambas pela Claretiano. Solteiro, diz que busca se dedicar integralmente à música, que assim se torna a sua vida.
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Cinco músicas referenciais para Gustavo:
- Overture 1928 (Dream Theater)
- Quinta Sinfonia (Beethoven)
- Spain (Chick Corea)
- Luiza (Tom Jobim, versão BeBossa)
- Don’t Give Up (Peter Gabriel, versão VocalLine)
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