O delegado Gustavo Schneider tomou posse nessa quinta-feira, 10, como novo chefe da Delegacia da Polícia Federal em Santa Cruz do Sul. O ato ocorreu na sede da Procuradoria do Município e foi conduzido pelo superintendente regional da Polícia Federal no Estado, delegado Aldronei Antônio Pacheco Rodrigues.
Schneider tem forte ligação com a cidade, onde já atuou anteriormente. “É uma honra e também uma grande responsabilidade voltar a comandar essa delegacia. Temos um efetivo qualificado e apoio da direção e da comunidade, o que nos dá segurança para continuar e aprimorar o trabalho já desenvolvido”, frisou o delegado.
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A Delegacia da PF em Santa Cruz tem sob sua responsabilidade 59 municípios dos vales do Rio Pardo e Taquari. Segundo Schneider, a região concentra um volume expressivo de ações da Polícia Federal, com destaque para o número de flagrantes nas imediações da BR-386, sobretudo na região de Lajeado. Entre os crimes que mais demandam atenção, ele destacou o estelionato previdenciário e fraudes contra a Caixa Federal, além de casos frequentes de circulação de moeda falsa, contrabando e tráfico internacional de drogas.
Em 2024, a delegacia realizou 103 indiciamentos, apreendeu 338 itens e recuperou R$ 3,46 milhões em ativos. Também foram registrados 1.089 atendimentos administrativos, incluindo serviços de imigração, controle de segurança privada e registro de armas. O número de registros de porte de arma, por exemplo, chegou a 4.451 no último ano.
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Outro desafio apontado por Schneider é a futura fiscalização dos chamados CACs (colecionadores, atiradores e caçadores). Segundo a PF, são 6.831 registrados na região que passarão a ser fiscalizados assim que houver a regulamentação da nova legislação. “Nossa meta é manter os bons números, mas também buscar melhorias, especialmente no campo operacional. Temos potencial para entregar ainda mais resultados.”
Quem é

Novo chefe da Delegacia da Polícia Federal em Santa Cruz, Gustavo Schneider é formado em Direito pela Universidade Federal de Pelotas (1997). Ingressou na Polícia Federal em 2002, após concluir o Curso de Formação de Delegado na Academia Nacional de Polícia. Também tem especializações em Segurança Interna, pela instituição portuguesa Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (2010), e em Segurança Pública e Direitos Humanos (2009). No currículo, ainda soma formação na Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul, onde fez curso preparatório para a magistratura. Com carreira no serviço público, Schneider atua com foco em Direito Público e tem grande experiência em investigações de grande porte.
Operação Rodin
Entre as atuações que se destacam na carreira de Gustavo Schneider está a coordenação da Operação Rodin. Deflagrada em 6 de novembro de 2007, desarticulou um esquema de corrupção que desviava recursos do Detran-RS por meio de contratos com a Fundação de Apoio Universitário (Fatec). A investigação revelou que a fundação subcontratava empresas de fachada para prestar serviços de forma superfaturada. O caso envolveu figuras de alto escalão da política e da administração pública estadual, como os ex-diretores do Detran Flávio Vaz Netto e Carlos Ubiratan dos Santos. O prejuízo estimado foi de R$ 40 milhões. Além de coordenar a operação, Schneider presidiu o inquérito que resultou nos principais indiciamentos.
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