Cultura e Lazer

Guinther Bender: quatro décadas com a banda Viúva Negra

A música tornou-se a razão de ser da vida do santa-cruzense Guinther Gerson Bender. Aos 53 anos, é essa a atividade à qual se dedicou desde a juventude. Na carreira artística, uma marca se impõe em seu currículo: a banda Viúva Negra, que em 2024 completará nada menos do que 40 anos de presença ininterrupta na cena cultural da região e do Estado.

Guinther tinha pouco mais de 14 anos quando ele e um grupo de colegas de aula, amigos muito próximos, fundaram essa banda, em outubro de 1984, que surgiu com pretensões de compartilhar música autoral, de pop/rock. Ele nasceu no dia 5 de julho de 1970, filho de Günder Erineu Bender, falecido, e de Epifânhia Brixner Bender. Sua mãe hoje está com 76 anos, e chegou a frequentar a escola de atores Wolf Maya, em Porto Alegre. Guinther tem ainda os irmãos Adriana e Cristiano, ambos estabelecidos em Santa Cruz do Sul.

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Foi quando ingressou no jardim do Colégio São Luís que a música se firmou de vez em sua rotina. Ali, conheceu o trabalho realizado pelo professor Carmo Gregory junto ao coral Os Canarinhos, e com 6 anos fez um teste para ser cantor.

Foi selecionado, mas ainda era pequeno demais, e teve de aguardar por mais um ano para enfim compor o grupo. Ficou por sete anos, até, aos 14, ousar criar a banda Viúva Negra, ao lado dos colegas Evandro Martins, Renato Sperb e Florípio Oliveira. Evandro ficou por quatro anos, até o tempo do serviço militar; Renato ficou por um, quando então saiu para fundar a Íris Ativa, outra banda ícone regional; e Florípio, bem, Florípio segue como o parceirão musical até hoje, quase quatro décadas depois.

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Quando da saída de Evandro e de Renato, incorporou-se Marco Rocha, e por um tempo permaneceram se apresentando como trio, nos anos 90. Atualmente, a Viúva Negra é formada por Guinther no vocal e guitarra base; Killy Freitas na guitarra solo; Drurys Pedroso no baixo; e Florípio na batera. Eventualmente, algum colega ingressa momentaneamente na formação, como Claudião, em alguma impossibilidade de Florípio, ou ainda Miguel Beckenkamp.

Guinther recorda que, de forma esporádica, ele ainda teve outras ocupações, como uma temporada no banco Itaú. Em meados dos anos 90, tornou-se empreendedor do ramo de bares e casas de shows. Nesse terreno, marcou época com o inesquecível VanGogh, na Rua Marechal Floriano, em 1995, que lançou a proposta do bar/casa de shows na cidade.

Depois lançou o Gauguin e a Help Choperia, na Borges de Medeiros. Na entrada do século 21, investiu no Monastério, na Linha Santa Cruz, que trouxe até mesmo a banda Ira!. Mais adiante, foi a vez dos bares Freud e Don King.

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Com essa expertise dos bares e casas de shows, e sua vocação constante para aprender e se aperfeiçoar, o passo seguinte foi investir em uma carreira de DJ, em festas, restaurantes, casamentos, qualquer evento social, com ampla versatilidade.

Desde os primórdios da Viúva Negra, eventualmente também se aventurava na composição, colaborando com os companheiros da banda. Hoje eles mantêm um repertório eclético, de covers, que lhes permite adequar-se aos mais variados ambientes, dos mais formais (casamentos, formaturas, eventos de empresas) aos espaços em bares ou restaurantes. E, assim, já rodaram uma boa quilometragem, o que os levou, por exemplo, a um evento no resort Club Med de Trancoso, no litoral baiano.

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Atualmente, salienta, a agenda está sempre lotadíssima, e não raro prevê vários compromissos num final de semana. Guinther segue tendo na reciclagem constante através dos estudos e pesquisas musicais um de seus mandamentos de vida. E é com esse ecletismo e flexibilidade que ele e os colegas de Viúva Negra adaptaram-se aos gostos de sucessivas gerações, prontos para comemorar, em grande estilo, e com boa música, os 40 anos de estrada em 2024.

Cinco músicas referenciais para Guinther:

  • I Wanna Hold Your Hand (Beatles)
  • Proud Mary (Creedence Clearwater Revival)
  • Blue Suede Shows (Elvis Presley)
  • You Shook Me All Night Long (AC/DC)
  • Baila Me (Gypsy Kings)

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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