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Guerra no Afeganistão provoca 600 mortes no primeiro trimestre, afirma ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU) informou neste domingo que 600 civis foram mortos na guerra do Afeganistão no primeiro trimestre deste ano, um declínio acentuado em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, o número de feridos no confronto subiu.

Os últimos números divulgados pela missão da ONU mostram que 1 343 pessoas ficaram feridas durante os três primeiros meses de 2016. Em comparação com o mesmo período em 2015, as mortes de civis caíram 13%, mas o número de feridos aumentou em 11%.

O maior número de mortes resultou de civis atingidos durante confrontos terrestres, segundo o relatório da ONUU, acrescentando que a intensificação dos combates em áreas povoadas causou um aumento de quase 30% em mortes de crianças e um aumento de 5% no número de baixas entre as mulheres.

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“Mesmo se um conflito se intensifica, ele não tem de ser acompanhado por um sofrimento correspondente de civis, desde que as partes levem a sério as suas obrigações em relação à legislação humanitária e aos direitos humanos internacionais”, afirmou Nicholas Haysom, enviado da ONU ao Afeganistão, por meio de um comunicado. “O descumprimento das obrigações humanitárias vai resultar em mais sofrimento em um país que já sofreu o suficiente”, acrescentou.

A ONU disse que 60% das mortes foram causadas por “ações de elementos anti-governamentais”, aparentemente referindo-se ao Taliban. Os insurgentes alegam que não têm o objetivo prévio de alvejar civis ou colocá-los em perigo. O relatório revela que 19% das mortes foram causadas por forças pró-governo, enquanto 16% não puderam ser atribuídos a um lado específico.

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