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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Guardar o dinheiro ou pagar previdência?

É claro que ninguém pensa em guardar dinheiro no colchão. Mas seria mais seguro fazer uma poupança (leia-se: ou qualquer outra aplicação financeira) ou pagar o INSS para ter condições de se manter no futuro?

Para responder isso, é importante trazer uma observação sobre o comportamento financeiro do brasileiro. Uma característica que ele não tem é ser previdente (alguns usariam a palavra “precavido”). Quantas pessoas fazem uma poupança para o futuro e, quando aparece a primeira oportunidade de trocar de carro ou reformar a casa ou…, acabam sacando a poupança com a promessa de repor adiante. Grande parte dos brasileiros inclusive faz dívidas até o resto da vida. E quando vê, a idade chegou e a pessoa nunca mais conseguiu retomar o depósito de reservas.

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Um dos problemas atuais quando se trata de proteção previdenciária é o dos trabalhadores em aplicativos, que não têm contribuição previdenciária. Simplesmente não pagam INSS. Será que eles têm reservas financeiras para dar conta dos momentos de incapacidade e da idade avançada? Então, essa história de guardar dinheiro é lenda. Na prática, se não foi obrigatório, não funciona. A pessoa vai deixando para amanhã e, quando menos espera, está com 65 anos de idade e não tem dinheiro guardado, tampouco pagou previdência.

Quando me perguntam sobre essa decisão: pagar previdência ou guardar o dinheiro por conta própria, sempre sugiro realizar a contribuição previdenciária, ainda que seja em valor mínimo, para ter condições de comprar alimentos e remédios. Ele tem pelo menos a garantia de que vai receber o benefício todo mês. Nunca houve atraso no pagamento dos benefícios previdenciários. E, sinceramente, não creio, de modo algum, que “a previdência vai quebrar”. O Estado ainda é o mais seguro (não é por nada que a maioria dos economistas sugere investir o dinheiro no Tesouro).

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Atualmente, 2/3 dos benefícios previdenciários são de salário-mínimo. Isso significa que o Estado está (e estará, na minha opinião) garantindo o mais básico para os cidadãos. O último estágio da falência de um Estado seria deixar de pagar os aposentados e pensionistas que ganham o básico.

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Talvez você, leitor, possa pensar: “o salário mínimo nem de longe mantém o meu padrão de vida”. Está bem! Ainda assim, pague previdência, pois nunca se sabe o futuro. E se você quiser tentar uma renda maior – de novo: a previdência é segura –, faça um planejamento previdenciário para avaliar se o valor que está pagando condiz com sua expectativa de aposentadoria.

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O pior dos mundos é: não guarda dinheiro e não paga previdência. E torce para tudo dar certo ou para os filhos (se os tem) tomarem conta, sendo que, na maioria das vezes, estes terão seus filhos para cuidar, outras prioridades e, em muitas famílias, é apenas um filho para dar conta de tudo. Prevenir – e contribuir – ainda é a melhor saída.

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