A primeira reunião do grupo técnico criado a partir do Movimento Cinturão Verde, lançado no último dia 19, foi realizada nessa terça-feira, 30. Os participantes se encontraram no Salão Nobre do Palacinho da Praça da Bandeira. O objetivo foi ouvir os convidados e suas aspirações, bem como avaliar formas para o desenvolvimento do trabalho em conjunto. Participaram representantes do meio acadêmico – Unisc, Dom Alberto e Unipampa, de entidades de classe, do segmento empresarial e das secretarias municipais de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass) e de Planejamento e Governança. A mobilização em torno do Cinturão Verde tem, entre as proposições, o planejamento e realização de atividades de forma integrada na sociedade.
A prefeita Helena Hermany destacou a relevância da participação dos convidados. Ela salientou a urgência que o Cinturão Verde e o meio ambiente têm em sua agenda de governo. “Nossa geração não cuidou desta riqueza como deveria. Agora, chegou a hora de fazermos a nossa parte.” A prefeita lembrou que os efeitos da degradação ambiental não podem ser ignorados, com os sucessivos eventos climáticos que têm causado danos ao redor do planeta e também começaram a se manifestar na região e no próprio município.
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Helena também salientou a importância de, com perseverança, sensibilizar as crianças e a população em geral para a necessidade da preservação ambiental. “Conscientização é algo que demora, precisaremos de persistência para chegar ao nosso objetivo”, frisou.
A chefe do Executivo reforçou sua crença em que é possível atingir os resultados almejados. “Nossa cidade tem condições que muitas outras não têm. Este é um compromisso nosso com as gerações futuras.” Conforme Helena, a iniciativa terá um olhar especial para as áreas preservadas, bem como para os proprietários preservacionistas.
Idealizador e coordenador do Movimento Cinturão Verde, o geólogo ambientalista José Alberto Wenzel destacou que a proposta busca o estabelecimento de uma cidade socioambiental, abrangendo também outras áreas como a do Lago Dourado, Várzea, piscinões, praças e parques. Segundo Wenzel, o trabalho transversal, buscando abranger iniciativas de outros entes da sociedade, tem como objetivo pensar Santa Cruz para os próximos 30 anos, com ações de curto, médio e longo prazo. “Temos uma tarefa muito grande de não gerar uma falsa expectativa na população, criando uma visão integrada da proposta e para as próximas três décadas.”
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Conforme o geólogo, mais de 20 reuniões já foram realizadas com diferentes segmentos da sociedade para a apresentação do movimento. Wenzel ficou especialmente entusiasmado com informação apresentada pelo biólogo Jair Putzke. Segundo o pesquisador, algumas áreas do Cinturão Verde, por hectare, apresentam mais biodiversidade que alguns espaços da Amazônia.
Titular da Semass, o secretário Cesar Cechinato frisou que é preciso comemorar o patrimônio ambiental do qual Santa Cruz do Sul dispõe. Para ele, a iniciativa trata, em outros termos, sobre a cidade que os santa-cruzenses desejam ter. “Santa Cruz do Sul pode manter e ampliar seus indicadores de qualidade de vida, e o movimento é a ferramenta para isso.”
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