Centro-Serra

Grupo Servas de Maria tem na fé e no amor o segredo das bolachas de Navegantes

O sabor é especial e ainda maior é o simbolismo. As bolachas produzidas para se agregar à programação da Festa de Nossa Senhora dos Navegantes chegam a muitas famílias da região. Tradição da Paróquia Católica local, que abrange os municípios de Sobradinho, Lagoa Bonita do Sul e Passa Sete, é sinônimo de trabalho voluntário e muita dedicação.

Quem chega ao Salão Paroquial em Sobradinho, desde o início de janeiro, já vai sentindo o aroma. É que desde o dia 2, logo após a virada do ano, os fornos trabalham por horas a fio para dar conta da demanda. E eles são comandados por uma equipe de mulheres, as Servas de Maria.

Diariamente, coordenadas por Renete Menegazzi, somam-se em muitas mãos para espichar e cortar a massa de cada receita, levando-as ao forno e depois glaceando parte delas. Conforme a voluntária, que há anos auxilia nesta produção, para esta edição foi feito um cronograma, onde as mulheres das diversas comunidades participam da atividade. Chegam a ser até 20 delas atuando em um único dia. “A média de idade das mulheres voluntárias é de 70 anos. Elas têm uma energia muito grande e a gente se alegra muito com o resultado. Temos todo o cuidado, pois aquilo que fazemos tem um consumidor final. Tudo o que fazemos aqui é resultado da nossa energia, com o verdadeiro intuito de colaborar, o que se reflete no produto”, salienta.

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Para se ter uma ideia do tamanho da produção, a média diária de utilização varia entre 15 e 30 dúzias de ovos. São entre 3 e 4 maquinadas de massa por dia, o que compreende 5 fornadas cada (com até 20 quilos de farinha cada), transformando-se em 15 fornadas. O resultado é de 8 a 10 quilos por fornada, ou seja, são mais de 100 quilos de bolachas por dia.

Conforme Renete, são seis variedades em comercialização ao longo dos dias de Trintena e durante a semana da Festa, em fevereiro. “A mais procurada é a rosquinha, feita a base de gemas, açúcar, manteiga, sal amoníaco, leite e farinha de trigo. Com o miolo dela é feita outra variedade glaceada. Também tem bastante saída o palito de chocolate, que passa por uma calda e uma mistura de coco, chocolate e açúcar. Além destes temos ainda o palito de milho, uma receita de minha bisavó Giuseppina Piovesan Redin, que não leva lactose na composição. Fazemos também uma bolacha de manteiga e a bolacha em estilo natalino, com formatos diferentes. Às vezes, dependendo dos ingredientes disponíveis, são produzidos outros tipos também”, detalha.

Segundo ela, na primeira semana os itens para as receitas foram adquiridos pela Paróquia e, após, começaram a chegar através de doações da comunidade, que se mobiliza para a Festa da Padroeira do município.

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Sob a proteção de Navegantes e com gratidão à Maria, diariamente tiram um tempinho, durante a produção, para rezar e cantar. “Aqui tem uma energia muito boa, pois é isso que queremos, estamos trabalhando para a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes. Todas estas pessoas que vem aqui estão imbuídas de fé, alegria, ânimo e o resultado está aí”, frisa.

Os pacotes de bolachas são comercializados na Secretaria da Paróquia, ao lado da Igreja Matriz, e também durante as celebrações nas comunidades.

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Nathana Redin

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Nathana Redin

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