Um grupo de pessoas ligadas a movimentos sociais começou nesta segunda-fiera, 11, a ocupar a Praça da Matriz, no Centro Histórico de Porto Alegre, em vigília contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O ato é chamado de Acampamento da Legalidade e da Democracia, e não há previsão de data para os manifestantes deixarem o local.
Durante o dia, militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) construíram as estruturas temporárias do acampamento com cortes de bambu e pallets de madeira, que depois receberam coberturas de lona. As bagagens e colchões dos manifestantes vieram em caminhões. Segundo os movimentos, a vigília reúne delegações de várias partes do Rio Grande do Sul.
O Acampamento da Legalidade e da Democracia se iniciou no mesmo dia da votação do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) na Comissão de Impeachment da Câmara dos Deputados. Maria do Carmo Bittencourt, militante da Marcha Mundial das Mulheres, disse que a vigília dos movimentos sociais é essencial em uma semana decisiva.
Publicidade
“O Rio Grande do Sul tem história de luta pela manutenção da democracia. Nós queremos resgatar essa história e mostrar para o Brasil que a gente vai resistir, que não vai ter golpe de novo, que a gente já está em luta”, disse Maria do Carmo.
Nasson Sant’Anna, integrante da Frente Brasil Popular, destacou que o grupo só deixará a Praça da Matriz quando o impeachment for derrotado. “Terminaremos o dia hoje com 500 pessoas acampadas e esse número vai crescer. Daqui para frente, este será um centro de resistência ao golpe que está sendo dado nesse País.”
Publicidade
This website uses cookies.