O Professor Olímpico, Eleno Hausmann, de 59 anos, vai representar a Gazeta Grupo de Comunicações nos Jogos Olímpicos de Paris, de 26 de julho a 11 de agosto. Natural de Estrela, Eleno mora em Santa Cruz do Sul desde 1982 e construiu carreira como professor de Educação Física no Colégio Mauá desde 1991. Jogou no Corinthians, entre 1983 e 1990, e foi campeão gaúcho com o clube. Na Rádio Gazeta FM 107,9, conduz o programa Grande Resenha nas noites de segunda-feira, das 20 às 22 horas, desde 2005.
Eleno embarcará no dia 22 de julho. Ele pretende apresentar o programa ao vivo de Paris. Além disso, fará participações diárias com boletins na rádio e terá uma coluna nas quartas e sábados no jornal para relatar os destaques da Olimpíada. “O fato de conhecer muitos jornalistas e atletas sempre me deixa com muita vontade e alegria de estar no maior evento do esporte mundial”, resume o professor, que estreou nas coberturas em 2000, na edição de Sydney, na Austrália.
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Em Paris, Eleno ainda aguarda contatos para definir a hospedagem. “Se nada der certo, levo uma barraca e fico acampado”, brinca. Entre as tantas modalidades, o foco será em Jaqueline Weber, que ainda está na briga para carimbar o passaporte nos 800 metros. O Professor Olímpico também deseja acompanhar jogos de vôlei, basquete, tênis e futebol feminino.
Experiências únicas
Eleno menciona os professores Dirceu Dahmer, Doris Gewehr e Úrsula Muller como inspirações. O trio esteve nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, um ano depois que ele ingressou no corpo docente do Colégio Mauá.
A primeira viagem ocorreu em 2000, para Sydney. Eleno conseguiu estadia com o colega de tênis Dalmir Fanck. O primo de Dalmir, Elo Schwendler, tinha uma estofaria na cidade australiana. O deslocamento era feito de trem, com viagem de 1h30 até a vila olímpica. “Emagreci oito quilos em 20 dias”, relembra.
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Um fato emocionante foi a participação de Natália Eidt na Olimpíada, uma atleta formada na ginástica rítmica do Mauá. “Depois da apresentação, liguei para o professor dela, o Rafael Luz, para que pudesse compartilhar esse momento emocionante”, conta.
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Em 2004, na edição histórica de Atenas, na Grécia, berço dos Jogos Olímpicos, Eleno conseguiu uma credencial em parceria com a Rádio Gaúcha e acessou a maioria dos locais de competições sem precisar comprar ingressos. Já em 2008 e 2012, em Beijing e Londres, acompanhou a rotina do corredor Fabiano Peçanha, juntamente com a família. “Foi algo indescritível estar com ele naquele período. Representou Santa Cruz e o nosso atletismo.”
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Em 2016, Eleno estava praticamente em casa e encontrou muitos amigos para compartilhar as emoções no Rio de Janeiro. Em 2020, já com a passagem comprada, a missão foi abortada por causa da Covid-19. Não houve possibilidade de ir a Tóquio no ano seguinte. “Preciso fazer um agradecimento especial ao Colégio Mauá, que sempre é parceiro nessas coberturas olímpicas”, salienta.
Como será em Paris?
Os Jogos Olímpicos voltam a Paris após 100 anos. A edição de 1924 foi a última organizada por Pierre de Coubertin, que era presidente do Comitê Olímpico Internacional e o homem que ressuscitara os Jogos, ainda no final do século 19, em 1896. Paris 2024 terá 329 eventos de medalhas em 32 modalidades esportivas. As novidades são breaking e canoagem slalom: caiaque extremo. Serão 10,5 mil atletas em disputa.
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Na abertura, uma série de barcos navegará por um trecho de seis quilômetros do rio Sena através de Paris. A bordo de seu próprio barco, cada equipe olímpica passará por marcos famosos da cidade enquanto chegam ao final em grande estilo. A cerimônia deverá ser assistida por perto de um bilhão de telespectadores em todo o mundo. O custo estimado para a realização do evento é de 8,3 bilhões de euros.
Mascote e tocha
Os Phryges são pequenos barretes (gorros) frígios nas cores vermelha, branca e azul. Representam um forte símbolo de liberdade, inclusão e a habilidade das pessoas de apoiarem causas grandes e significativas. A tocha acesa em Olympia, na Grécia, no dia 16 de abril, vai passar por 65 territórios franceses e 400 cidades em 80 dias de revezamento, com a participação de 10 mil pessoas na condução do fogo simbólico. A pira ficará no grande lago do Jardin des Tuileries, próximo ao Museu do Louvre. A tocha foi projetada pelo designer Mathieu Lehanneur e tem representações de elementos como a Torre Eiffel e as águas do Rio Sena. Na construção, o designer se baseou nos seguintes pilares: Paris, igualdade e paz.
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