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Megaoperação DINASTIA

Grupo criminoso usou empresa fantasma de Vera Cruz para lavar R$ 880 mil

Foto: Rodrigo Assmann

Mulher foi presa preventivamente em residência localizada na Rua Armin Kurtz

Uma investigação traçada em sigilo ao longo de um ano pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Santa Maria culminou, nessa sexta-feira, 18, na megaoperação Dinastia. A ofensiva contra lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e armas, organização criminosa e crimes cibernéticos contou com a atuação de 340 policiais civis no cumprimento de 180 ordens judiciais por todo o Estado e até em Santa Catarina.

No Vale do Rio Pardo, o único alvo foi uma moradora de Vera Cruz, de 70 anos, que foi presa preventivamente em uma residência da Rua Armin Kurtz, no centro da cidade. Essa ordem judicial foi cumprida por volta das 6h15 por cinco agentes da Delegacia de Polícia (DP) de Vera Cruz, coordenados pela delegada Lisandra de Castro de Carvalho.

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Em entrevista exclusiva à Gazeta do Sul na sexta-feira, o chefe da apuração, delegado André Sesti Diefenbach, detalhou a participação da acusada de 70 anos no caso. Segundo ele, a mulher é responsável por um CNPJ onde se lavava grande quantidade de dinheiro da organização criminosa investigada. Conforme o delegado, a empresa é a Excellence, de Vera Cruz, que supostamente prestaria serviços de jardinagem.

Contudo, era uma empresa fantasma, que fisicamente não existe. “Em quatro meses foram lavados R$ 880 mil. Era uma empresa aberta por ela a pedido da liderança”, revelou o delegado. No esquema, o dinheiro de origem ilícita era remetido, passava pelas contas da empresa fantasma de Vera Cruz e era lavado. Ainda segundo o delegado da Draco de Santa Maria, a Excellence jamais teve qualquer tipo de atividade e serviu apenas de fachada para atuar dentro da organização.

Líder de bando é um detento de Santa Maria

Segundo a apuração da delegacia especializada, foram identificadas 40 pessoas pertencentes ao grupo, que movimentou quase R$ 20 milhões ilegalmente. O líder da organização criminosa é um detento que está em uma casa prisional de Santa Maria. Na ofensiva dessa sexta, foram presos a esposa dele em uma residência da mesma cidade e dois filhos, um em Parobé e outro no Litoral do Estado.

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Bens e imóveis foram bloqueados pela Justiça | Foto: Polícia Civil/Divulgação/GS

Além das cidades já mencionadas, ordens judiciais foram executadas em Porto Alegre, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Taquara, Nova Hartz, Estância Velha e Dois Irmãos; e ainda no Litoral, em Capão da Canoa, Tramandaí, Imbé e Arroio do Sal.

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Mandados também foram cumpridos nos municípios de Cruz Alta, São Borja, Carazinho, Alegrete e Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Houve o bloqueio de 48 contas bancárias ligadas ao grupo, e 32 veículos e quatro imóveis acabaram sequestrados pela Justiça.

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Além da prisão da investigada, na residência alvo da ofensiva em Vera Cruz, documentos e materiais de interesse da investigação foram apreendidos. A mulher foi conduzida ao Presídio Estadual Feminino de Rio Pardo. O nome dela, por enquanto, está sendo mantido em sigilo pelas autoridades policiais.

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