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Tensão

Greve pode afetar formaturas e participação no vestibular

Prestes a se formar no 3º ano da Escola Estadual de de Ensino Médio Ernesto Alves de Oliveira, o aluno Failon Ezequiel Moraes mostra-se solidário à causa dos professores, mesmo que a greve implique na recuperação de aulas nas férias, adiamento da formatura e coloque em risco a participação no vestibular. “Eu penso que é mais do que necessário (a greve dos professores). O que o governo propõe é uma ameaça à educação, chegando ao ápice de anunciar cortes no ponto dos servidores, dentre outras medidas graves. Os educadores não aguentam mais”, comentou. Failon entende que o momento é de apoiar os professores – mesmo diante do iminente adiamento da sua própria formatura, marcada para o dia 20 de dezembro. “Eles estão lutando por uma causa justa. Estamos com eles.”

Uma reunião ainda esta semana irá definir possíveis datas para a formatura dos alunos do 3º ano da Ernesto Alves, que deverá ser reagendada junto à Unisc, local onde ocorre a solenidade. Segundo a presidente do Conselho Escolar, Reni Markus, uma das possibilidades de recuperação para os alunos poderá ser ter aulas nos sábados.

“Quem mais sofre com a greve são as crianças e adolescentes. A recuperação pós-ano letivo afeta o aprendizado deles de forma negativa e acaba influenciando, inclusive, na relação com a família. Muitos pais já programaram férias e vão ter de cancelar devido à recuperação das aulas dos seus filhos”, salienta Reni. “Queremos uma educação de qualidade. Hoje, diante de tudo que vem ocorrendo ao longo dos anos, os professores não têm mais ânimo para dar aula. A gota d’água foi o anúncio desse pacote do governo do Estado, que atinge de forma dura os educadores.”

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De acordo com a vice-presidente do CPM da Emef José Mânica, Aline Vanussa da Silva Ebert, o momento de não ceder à pressão do governo é agora. “Mesmo que afete formaturas de 3º ano e até possíveis vestibulares, é um risco que precisamos correr, pois a greve se faz para ser sentida e ter impacto. Precisamos apoiar essa mobilização legítima dos professores. Infelizmente, por incompetência do governo, quem mais vai sentir são os alunos”, salienta.

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