ATUALIZADO ÀS 10H02
A assembleia estadual do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) realizada ontem no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre, decidiu pelo início da greve com tempo indeterminado. Os 3,5 mil participantes se deslocaram até a Praça da Matriz para protestar, em frente ao Palácio Piratini. Os dias letivos não serão recuperados até o pagamento integral dos salários. Uma comissão foi escolhida para avaliar a adesão à greve. Os professores pedem o apoio dos pais e alertam para que não levem os filhos à escola a partir desta quarta-feira, 6.
A diretora do 18º Núcleo do Cpers, Cira Kaufmann, que estava presente na assembleia, frisou que a paralisação será uma demonstração de descontentamento com o governo de José Ivo Sartori. “Não aceitamos pagar a conta da má administração dele. Ele faz escolhas e uma delas é penalizar os educadores gaúchos”, resumiu. Da região, 90 professores estiveram em Porto Alegre. A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, disse que o governo está jogando os professores para o movimento de paralisação. “Não queremos prejudicar os alunos, mas é impossível com a instabilidade emocional e a tortura psicológica que estamos sofrendo. Quanto mais rápido cessarem os problemas do parcelamento, mais breve voltará a tranquilidade nas escolas”, declarou.
Publicidade
A medida foi tomada em virtude da parcela de R$ 350,00 paga pelo governo gaúcho aos servidores. O terceiro depósito, de R$ 170,00, aguardado para a última sexta-feira, também não se concretizou. A Secretaria da Fazenda sustenta o cronograma previsto originalmente, de quitar as nove parcelas até o dia 13. Graças à liminar obtida no Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o pagamento da dívida com a União no início do mês passado, o risco de sobreposição das folhas de agosto e setembro está, agora, afastado. Apesar disso, para os próximos meses, as projeções não são boas.
Situação na região
Santa Cruz do Sul
Publicidade
Rio Pardo
Candelária
Sinimbu
Publicidade
Venâncio Aires
Vera Cruz
A fonte secou
O governo alega que a crise se agravou porque acabaram as “fontes de receitas extraordinárias” para fazer frente às despesas – isso inclui, por exemplo, a venda da folha dos servidores ao Banrisul, que, em 2016, rendeu R$ 1,2 bilhão extras.Publicidade
Até dezembro, quando começam a pingar no caixa os recursos do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), o parcelamento dos salários não só continuará, como as primeiras faixas seguirão baixas. O novo reajuste programado para servidores da área da segurança pública, de 4,9% a 9,3% em novembro, deverá contribuir para ampliar as dificuldades.
This website uses cookies.