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“Greve é legítima”, diz prefeita sobre paralisação no transporte público

Prefeita conversou com manifestantes nesta manhã

Com a paralisação da maioria dos funcionários do Consórcio TCS, por volta das 9h30 da manhã desta terça-feira, 16, apenas quatro linhas de transporte coletivo estavam em funcionamento. Os colaboradores estão reunidos nas imediações do Parque da Oktoberfest e cobram salários em dia e pagamento de dois dissídios atrasados. Pela manhã, a prefeita Helena Hermany esteve no local e se mostrou indignada com a situação.

“Para prorrogação do subsídio, o consórcio colocou como uma das principais reivindicações que não faltasse recurso para a folha de pagamento, para que não houvesse atraso e prejuízo aos funcionários e também no transporte urbano. E acontece isso, estou surpresa e indignada. É um absurdo um cobrador receber, líquido, R$ 970,00 e ainda parcelado em quatro vezes”, criticou.

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Helena ainda disse que vai pedir para o líder do governo na Câmara, Henrique Hermany, colocar como regime de urgência a votação do projeto que mantém o subsídio até fim do ano. “Na lei, só iríamos dar por mais tempo até que o consórcio se adeque, pois é feito um estudo para que se dê contrapartidas que melhorem a qualidade do transporte e diminuam as despesas. Ainda, acertar os salários, cumprir dissídios e pagar o 13º salário de uma vez só. Não recebemos resposta sobre isso, não tivemos um retorno do consórcio. Isso é uso de dinheiro público. É uma sensação de estarrecimento, indignação e revolta.”

A prefeita lembrou que o município não deixou de repassar o subsídio mensal de R$ 280 mil para que os salários fossem mantidos em dia. “A greve deles é legítima. Sei que gera transtornos, mas peço que a população não se revolte, pois eles estão no seu direito.”

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Representando os funcionários, o cobrador Jeferson Luis da Silva afirmou que a sociedade acreditava que o cobrador recebia R$ 2,9 mil. “Mas recebe R$ 1.128, parcelado, e em quatro vezes. O motorista recebe R$ 2.138 e passa por riscos no dia a dia que podem abalar o psicológico, como assaltos e acidentes que, muitas vezes, precisam pagar. Temos dois dissídios atrasados e nenhum retorno da empresa. Queremos 12% de aumento, baseado na inflação, e é o que temos direito.”

O Portal Gaz entrou em contato com o gerente do consórcio TCS, Zaqueu Forgiarini, no início da tarde desta terça. Ele informou que a empresa apresentou uma proposta à categoria, conforme acordo coletivo firmado em 1º de janeiro deste ano, de reajuste de 5,45%. Conforme o gestor, o índice seria pago a partir de dezembro e os valores retroativos de forma parcelada. “Esse índice de 12% não tem fundamento. Estamos apresentando uma proposta possível”, afirmou. Forgiarini disse que os trabalhadores ainda não aceitaram a proposta e que aguardam, então, uma contraproposta.

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Com informações da repórter Aline Silva

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Foto: Aline Silva

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