Em 1958, duas famílias tradicionais do Bairro Arroio Grande, os Jacobs e os Schilling, decidiram prestar uma homenagem ao seu time do coração, o Grêmio Porto-Alegrense. Fundaram então o Grêmio Esportivo Arroio Grande, que usava o mesmo fardamento que seu homônimo da Capital gaúcha.

O presidente foi Stanislau Jacobs. Os atletas reuniam-se na casa dos Schilling (em frente ao Frigorífico Excelsior). Dali, seguiam até o campo, que ficava após o Parque São Luis, na subida do Corredor Frey.

O Grêmio Arroio Grande era democrático e tinha jogadores que torciam também para o SC Internacional. Alguns colorados, meio a contra gosto, vestiam a camisa tricolor. Outros não ligavam. O que importava mesmo era jogar bem.

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A equipe fez tanto sucesso que, já no ano da fundação, tornou-se campeã do Citadino, que reunia cerca de 20 equipes varzeanas de Santa Cruz. A final foi contra o Ipiranga, no Estádio dos Plátanos (do FC Santa Cruz), com vitória do Grêmio por 3 x 2.

Para a colocação das faixas de campeão, veio o expressinho do Grêmio Porto-alegrense, com atletas que, mais tarde, integraram o grupo principal. Entre eles estava Joãozinho, do célebre ataque Babá-Joãozinho-Alcindo e Volmir. O jogo lotou os Plátanos.

Elstor Beckenkamp, que foi lateral e meio campista do Arroio Grande, guarda fotos da partida festiva. No primeiro tempo, os santa-cruzenses seguraram os visitantes, com gol de Erny Elias. No segundo, com mais preparo físico, o Grêmio Porto-alegrense virou e fez 3 x 1.

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A equipe do Arroio Grande era tão boa que muitos dos seus atletas acabaram titulares do FC Santa Cruz e do EC Avenida. Alguns até foram convidados a realizar testes no Estádio Olímpico, mas não aceitaram.

 

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