Toda segunda-feira, o Conselho de Administração do Grêmio se reúne para discutir os assuntos do clube. São sete dirigentes, seis vice-presidentes e o presidente, que dividem todas as decisões e procuram colocar em prática uma gestão corporativa. Na visão dos dirigentes, essa forma facilita o superávit que o clube alcançou em suas contas pelo terceiro ano consecutivo. Em 2018, o lucro foi de R$ 54 milhões, um crescimento de 391% sobre 2017.
É o melhor resultado apresentado por um time brasileiro no ano passado, superando Flamengo (R$ 52 milhões) e Palmeiras (R$ 30,7 milhões). “Desde 2015, procuramos aumentar receitas, diminuir despesas, fortalecer as categorias de base para abastecer o time principal e permitir negociações e, por fim, adequar a realidade aos recursos disponíveis”, diz o presidente Romildo Bolzan. Na última semana, o Conselho Deliberativo aprovou uma mudança no estatuto que permite que Romildo concorra à reeleição para mais um mandato de três anos.
Hoje, o clube possui três fontes principais de receita: direitos de transmissão da TV, quadro social e a venda de jogadores. Essa última tem sido a mais eficaz para equilibrar as contas e reduzir a dívida bancária. Atualmente, ela é de R$ 190 milhões – o Botafogo, clube mais endividado do País, deve cerca de R$ 700 milhões.
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O clube tem produzido jogadores sob medida para o mercado europeu: atletas que fazem mais de uma função, com até 22 anos. Em 2018, o Barcelona pagou 31 milhões de euros (cerca de R$ 140 milhões) pelo volante Arthur.
O desafio do clube é continuar vendendo atletas e, mesmo assim, manter a competitividade. Em 2017, o time foi campeão da Copa Libertadores. No ano passado, a equipe de Renato Gaúcho foi semifinalista do torneio sul-americano, parou nas quartas de final da Copa do Brasil e foi quarta colocada no Brasileirão.
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