O Grêmio empatou com o Vila Nova em 0 a 0 e segue fora do G-4 no Campeonato Brasileiro da Série B. Agora o desafio será contra o Vasco na quinta-feira, 2, às 20 horas, no Estádio São Januário, no Rio de Janeiro. Após três empates e uma derrota nos últimos quatro jogos pela competição, a pressão em relação ao trabalho do técnico Roger Machado aumentou consideravelmente. Nas arquibancadas do Serra Dourada, a torcida gritou o nome de Renato Portaluppi, maior ídolo e técnico até abril de 2021.
Na coletiva após o jogo, Roger Machado comentou sobre o momento conturbado da equipe. “O mês de maio, que acabamos sem vencer, obviamente joga pressão no trabalho, mas acredito que a gente consiga equilibrar dentro das opções que temos nesse grupo. A premissa do futebol é vencer. E quando não vence, com o passar dos maus resultados, quando vem com momento de instabilidade, obviamente que aumenta. Mas faz parte. Só tem a pressão nesta magnitude porque estamos defendendo uma camisa com esse peso”, reconheceu o treinador.
Para o comandante, o esquema 3-5-2 gerou boas situações no início do jogo, mas as oportunidades desperdiçadas causaram ansiedade e deram confiança ao adversário, o que explicaria a queda de rendimento do time. As mudanças de peças e de modelo na etapa final não trouxeram o resultado esperado. “Temos que encontrar o nosso equilíbrio emocional e técnico. A pressão não vai diminuir, só vai aumentar. Penso que, embora não tenhamos feito um bom jogo, criamos oportunidades para vencer. Não fazendo um bom jogo, penso que concluindo as oportunidades, inclusive o gol anulado que no nosso entender não houve a falta, a história poderia ser outra. Com a sinceridade, penso que nós temos que produzir mais, ter mais equilíbrio. A produção foi suficiente, mas estamos dependendo da individualidade para definir a partida”, analisou.
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O vice de futebol do Grêmio, Dênis Abrahão, reconheceu que o time tem jogado menos do que deveria, mas aproveitou para reclamar da falta apontada pela arbitragem que anulou o gol marcado por Diego Souza no início da partida.
“O momento é ruim, o resultado foi horroroso. Mas aos 11 minutos, teve um lance decisivo. Não quero imputar o mau resultado a esse lance. Só que a análise foi da imprensa. Conversei com o Villasanti (envolvido no lance), escutei os analistas de arbitragem e todos disseram que não foi falta. Isso poderia ter mudado o resultado do jogo. Estamos vivendo instabilidade. Se tu sai ganhando, passa para o adversário. Vou usar como desculpa? Não. Mas pergunto: por que anularam mais um gol legítimo do Grêmio? Estou falando com base no que escutei na imprensa gaúcha e nacional”, considerou.
Abrahão disse que estão ocorrendo conversas, trabalho de blindagem, preservação dos atletas, com todos os setores à disposição dos profissionais. “Não posso questionar tudo e todos. Faço outras perguntas. Será que esse grupo não deveria estar produzindo mais? Por que os erros de arbitragem? Por que os erros dos jogadores? De repente, devemos trabalhar mais variações táticas durante a partida. Com esse plantel dá para jogar muito mais. Fizemos uma nova variação, jogamos com três zagueiros. Trabalhamos com essa possibilidade, na quinta deu problema, na sexta deu problema e no sábado o Kannemann passou mal e não pôde jogar. Com Kannemann, teríamos outro cenário, porque ele passa segurança”, alegou.
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Abrahão também comentou sobre os pedidos da torcida por Renato Portaluppi. “Escutei a torcida berrando Renato. Como escutei o mesmo torcedor proferindo termos de baixo calão na nossa chegada ao estádio. Um deles passou o jogo inteiro me ofendendo. Respeito o torcedor. Torcida quer ganhar, gente. É legítimo. São fatos normais, corriqueiros. Se tivéssemos ganhado, estariam idolatrando Roger, Campaz, Diego Souza. O dirigente precisa trabalhar para fortalecer o que estamos fazendo. Tem muita coisa para acontecer, reunião para fazer, treino, trabalho psicológico”, minimizou o dirigente.
Dois titulares na partida contra o Vila Nova-GO, no último domingo, serão ausências por convocações: Villasanti e Campaz. Porém, o time poderá ter dois retornos: Kannemann e Edilson. Com isso, a equipe pode ter quatro trocas na formação.
A escalação começará a ser esboçada a partir da tarde desta terça-feira, 31, quando a reapresentação do elenco ocorrerá. Serão dois treinamentos antes do deslocamento para o Rio de Janeiro. Enquanto isso, nos bastidores, trocas na comissão técnica e departamento de futebol não estão descartadas.
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