O técnico do Grêmio, Renato Portaluppi, revelou que teve uma conversa com o presidente do clube, Alberto Guerra, sobre a possibilidade de recontratar Luan. Afastado do Corinthians, o meia-atacante foi agredido por torcedores na madrugada da última terça-feira, 4, em um motel de São Paulo.
Revelado pelo Grêmio em 2014, Luan disputou 293 jogos pelo tricolor gaúcho, com 77 gols marcados. Foi bicampeão gaúcho (2018 e 2019), campeão da Copa do Brasil (2016), da Copa Libertadores (2017) e eleito o melhor jogador da América no ano da conquista continental.
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Questionado sobre a situação do jogador, que foi campeão da Libertadores em 2017 com ele no Tricolor, Renato disse que ficou triste com o episódio, cobrou punição aos responsáveis e revelou a intenção de trazer Luan de volta ao clube.
“Comigo aqui, ele fazia algumas coisas que está fazendo em São Paulo. Mas era o primeiro a chegar no treino, um dos últimos a ir embora e rendia no campo. Comigo o Luan rendeu e rendeu muito. Após o jogo contra o Bahia, eu conversei com o Guerra no vestiário e troquei algumas ideias de trazer o Luan de volta. Vamos deixar passar esses dois jogos (contra Botafogo e Bahia) para ver. O jogador, que fez o que fez com a gente aqui, não desaprende a jogar. Às vezes, você precisa dar um carinho, ser um pai, ser um amigo, ser um irmão. Ser um bom gestor para ter o jogador dentro do campo”, declarou o treinador.
“É lamentável o que aconteceu. Tem certas coisas que acontecem nesse país que é difícil de entender. É uma situação que muitas vezes acontece em alguns clubes e todo mundo vai empurrando com a barriga. No nosso país, as coisas começam a se mexer um pouquinho quando alguém morre. Enquanto alguém não morrer, está tudo certo. As autoridades têm que fazer alguma coisa, se não vira uma bola de neve. Amanhã depois é uma facada, um tiro”, complementou Renato.
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Luan tem contrato com o Corinthians até o final do ano e não atua desde fevereiro de 2022. O meia teve 50% dos direitos comprados pelo clube paulista em 2020 por cerca de R$ 28,9 milhões e recebe cerca de R$ 800 mil de salário atualmente. Segundo Renato, a questão financeira seria um problema a superar para contratar o jogador.
“Se a gente bater o martelo de trazer, aí é com o presidente. Tem que ver com o presidente, executivo. Ninguém está prometendo. Mas comigo sempre foi um grande profissional, se entregou dentro dos jogos e treinos. Eu falo que não gosto de trabalhar com jogador santo, gosto de quem é um pouco fora da casinha, mas no final de semana ele dava dor de cabeça para o adversário. Mas sempre treinou, jogou e nos ajudou. É uma ideia que a gente vai amadurecendo para ver semana que vem”, concluiu.
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