Flamengo e Grêmio duelarão apenas no dia 15 de setembro, mas o confronto já começou fora das quatro linhas. Diante da insistência do clube carioca em contar com sua torcida no Maracanã, o Tricolor ameaça não entrar em campo para o jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil.
Conforme o presidente Romildo Bolzan Júnior, o Grêmio se encontra amparado pelo protocolo que definiu o regulamento da competição. “O Grêmio examina, por uma questão de equidade, não comparecer à partida se o Flamengo insistir em colocar público”, disse. O vice presidente jurídico Nestor Hein também comentou sobre o caso. “É uma regra que todos nós aderimos. Se o Flamengo vender ingressos e tiver com torcida no Maracanã, o Grêmio não deve jogar. Essa foi uma posição passada pelo departamento jurídico para a presidência”, declarou.
A postura do Tricolor está baseada no Protocolo de Recomendações para Retorno do Público aos Estádios, publicado pela CBF no dia 16 de agosto, que prevê equanimidade nos torneios mata-mata. Ou seja, como não havia presença de público na Arena, no duelo de ida vencido pelo Rubro-Negro por 4 a 0, as arquibancadas também devem estar vazias no segundo jogo.
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A diretoria flamenguista, porém, conta em seu favor com uma liminar, concedida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que condiciona a liberação de público à legislação do município. Como a prefeitura do Rio se manifestou favorável, a partir de uma nota técnica divulgada pela Secretaria de Saúde ainda na terça-feira, 7, o duelo com o Grêmio seria o primeiro evento-teste para o retorno das torcidas na capital, podendo ser preenchida até 35% da capacidade do estádio (cerca de 24 mil pessoas).
Este argumento, aliás, motivou o Flamengo a ser o único clube da Série A ausente no Congresso Técnico organizado pela CBF, nesta quarta-feira, 8, quando foi rejeitada a volta dos torcedores no returno do Brasileirão até que todas as cidades com equipes envolvidas tenham conseguido liberação junto às autoridades sanitárias locais.
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