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Grécia apresenta proposta à União Europeia e pede acordo de dois anos

Em meio à crise, a Grécia apresentou uma nova proposta para conseguir ajuda financeira da Europa nesta terça-feira, 30. O país propôs um contrato de dois anos para cobrir as suas necessidades financeiras e reestruturação de sua dívida, conforme o gabinete do primeiro-ministro Alexis Tsipras.

“O governo grego propôs hoje um acordo de dois anos com o ESM para cobrir totalmente suas necessidades financeiras e com reestruturação paralela de dívida”, afirmou o governo em comunicado emitido nesta terça. “A Grécia continua na mesa de negociações”, completou o documento. O ESM em Bruxelas não quis comentar o assunto. 

O comunicado emitido pelos gregos não apresenta detalhes sobre o conteúdo do novo plano de assistência. O atual projeto expira à meia-noite desta terça-feira e o país vai perder o acesso a 16 bilhões de euros de ajuda de todos os tipos (empréstimos, lucros sobre os títulos detidos pelo BCE, fundos de ajuda). “O governo grego vai procurar até o fim obter uma solução viável dentro do euro”, acrescentou o comunicado do primeiro-ministro.

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No domingo, 5, os gregos vão realizar um referendo. Nesta data, a população do país deverá dizer se aceita ou não as medidas de ajuste pedidas pela Europa para liberar o pacote de ajuda.

Entenda o caso:

A Grécia passa por uma forte crise financeira, já que gastou mais do que podia. Para pagar essa dívida, o país realizou empréstimos com o FMI e com o resto da Europa. Nesta terça-feira, 30, vence uma parcela de 1,6 bilhão de euros da dívida com o Fundo Monetário Internacional, mas o país depende de recursos oriundos de países europeus para conseguir fazer o pagamento. No entanto, as nações da Europa exigem que o país corte gastos e pensões para liberar mais dinheiro. O prazo para renovar essa ajuda também vence nesta terça. Sem ter como pagar, o governo grego apresentou uma nova proposta de ajuda ao Eurogrupo nesta terça-feira, 30. 

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Como a crise ficou mais grave, os bancos ficarão fechados nesta semana para evitar que os gregos saquem tudo o que têm e quebrem as instituições. Se a Grécia não pagar o FMI, entrará em “default” (situação de calote), o que pode resultar na saída do país da zona do euro. A Europa pressiona para que a Grécia aceite as condições e fique na região. Isso porque uma saída pode prejudicar a confiança do mundo na região e na moeda única.

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