Ocorreu na manhã deste domingo, 19, em Vera Cruz a 11ª edição do Gre-Nal de bombacha, organizada pelo time de futebol feminino Boa Forma F.C. A já tradicional partida pôde voltar a ser realizada a partir da nova flexibilização dos protocolos da Covid-19 e, além de cultuar a tradição gaúcha, também é um ato político para empoderar as mulheres e quebrar os preconceitos. Apesar da autorização para a partida, a presença de público continua proibida, e por isso estiveram presentes somente as jogadoras.
Conforme a jogadora Gabriela Jacobs, que também é uma das organizadoras da partida, a ideia surgiu despretensiosamente em 2010, quando um grupo de amigas de Santa Cruz do Sul se reuniu para jogar futebol. “Começou como uma brincadeira, pensamos em ir de bombacha já que era 20 de setembro. No outro ano fomos de novo, quando vimos as famílias e os amigos já estavam participando”, conta. Inicialmente havia uma rivalidade acirrada entre os times, mas tudo se tornou uma grande confraternização com o passar dos anos.
LEIA TAMBÉM: Comemorado nesta segunda, Dia do Orgulho LGBTQIA+ é data para lutar e celebrar
Publicidade
“Vem família, vem cachorro, esse ano infelizmente tivemos que limitar ainda em razão da pandemia, seguimos algumas regras sanitárias e em função disso não pudemos abrir o evento para o público”, salienta Gabriela. Além do espírito esportivo, o Gre-Nal de bombacha também é um ato político. Isso porque a maioria das jogadoras é LGBTQI+. “No começo nós sofremos muito preconceito, meninas jogando futebol e ainda de bombacha”, completa a organizadora.
LEIA TAMBÉM: Amor às tradições em mais uma Semana Farroupilha
Publicidade