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Gravidez e alimentação: cuidados durante o verão

Sabe-se que uma boa dieta durante a gravidez é imprescindível para a saúde da mãe e do bebê. E isso não diz respeito apenas à quantidade do que se ingere – o que é relevante para o ganho de peso – mas, principalmente, à qualidade da alimentação diária, que mantém o equilíbrio do metabolismo e pode evitar riscos gestacionais, como aumento de pressão e diabetes.

Essa atenção com a alimentação deve ser redobrada agora, durante os meses mais quentes do ano. O calor pode fazer com que o paladar mude, muitas vezes incentivando o consumo de produtos mais industrializados. Isso torna a dieta insatisfatória para a gestante, além de deixá-la mais exposta a intoxicações alimentares e desidratação.

Ao consumir alimentos fora de casa, corre-se o risco de ingerir produtos cuja higienização e  conservação não foram feitas do modo adequado. Por isso, a orientação médica é limitar-se ao que foi cozido em altas temperaturas. Na lista de “alimentos proibidos fora de casa”, portanto, estão saladas, frutas, águas saborizadas, sucos naturais, carnes malpassadas, comida japonesa e qualquer tipo de alimento cru ou pouco cozido. Por serem mais suscetíveis a infecções, gestantes devem evitar também laticínios não pasteurizados, como todos os queijos moles e “produtos coloniais”. Essas orientações são imprescindíveis, pois algumas infecções na gestação são de altíssimo risco para a saúde do bebê.

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Já no intuito de evitar o risco de desidratação em altas temperaturas, o consumo de líquidos – principalmente água – deve aumentar significativamente. Como o volume do sangue circulante no corpo se eleva bastante desde o início da gestação, a recomendação é ingerir no mínimo de 2 a 3 litros de água por dia. Outros líquidos também contribuem para uma boa hidratação, como sucos, água de coco, leites, isotônicos e chás (desde possuam teor reduzido em teína, a cafeína do chá – como o chá vermelho, branco e de ervas). Refrigerantes e bebidas com gás são menos recomendáveis, pois possuem altos teores de sódio, não promovendo, assim, o mesmo grau de hidratação e ainda podendo provocar inchaço. Outra dica é priorizar frutas que possuam bastante suco, como melancia, melão, abacaxi e laranja – mas sem exageros, pois são ricas em frutose, que se torna glicose após a digestão.

Deve-se, ainda, promover um equilíbrio entre o consumo de proteínas, cálcio, ferro e outras vitaminas, além de quantidades adequadas de carboidratos – cuidado que deve ser mantido em todas as refeições. É necessário evitar, por outro lado, a maioria dos alimentos processados e industrializados, que têm altos teores de conservantes, açúcares e gorduras. Recomenda-se dar prioridade aos grãos, às frutas secas e in natura, às verduras, aos alimentos integrais, carnes magras e peixes de água salgada. Nesse sentido, o ideal é ter a avaliação e o acompanhamento de um nutricionista especializado durante todos os trimestres, pois cada fase da gestação exige uma necessidade e um balanço nutricional diferente. Seguindo essas orientações, as futuras mamães estarão garantindo a sua saúde e a de seus bebês.

 

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Fonte: Ana Luiza Berwanger, ginecologista do Fertilitat – Centro de Medicina Reprodutiva

Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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