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Café na Roça

Granja Wiedenhoft: o recanto dos sabores, aromas e natureza

A época ainda é de bastante frio. Inclusive um geada ainda se desfazia na manhã gelada de segunda-feira, 27, quando visitamos a Granja Wiedenhoft, em Campo da Aviação, interior de Sobradinho. Mas a floração dos pessegueiros vence os dias de temperatura baixa e expõe sua beleza. É época também de vida, é exatamente isso que eles mostram. Em entrevista ao quadro “Café na Roça”, Natalino Wiedenhoft destacou a evolução da propriedade. A família começou a residir em 2004 na localidade, quando tomou a iniciativa de ter a fruticultura como principal atividade.      

O começo foi tímido, com alguns pés de laranja, outros de pêssego. Depois que engrenou, tiveram de aumentar a produtividade. Atualmente, os carros-chefes na propriedade são o moranguinho, da variedade albion, com 4.800 pés já produzindo. “No verão a produção chega a 280 quilos por mês, mas no inverno há uma redução”, explica Natalino. A laranja, da variedade valência, ocupa boa parte dos 11,3 hectares que a família possui. São 650 pés da fruta. No ano retrasado a produção foi muito boa.

“Colhemos mais de 20 mil quilos. Este ano deve chegar nos dez e a perspectiva para o próximo ano é que novamente ultrapasse as 20 toneladas”, destaca Wiedenhoft. O pêssego também é uma fruta em destaque. São cultivadas as variedades chimarrita, marli, granada, chiripá, flor de princess e eldorado. Ainda são cultivadas parreiras, o que tem se tornado a principal dor de cabeça da família. A produção decaiu muito e as plantas parecem estar apresentando algum problema. “Se continuar assim teremos de abandonar o cultiva da uva. É triste, mas é uma realidade que temos que encarar”, disse.

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O processo

Grande quantidade das frutas são entregues para a merenda escolar. Tudo na sua época, para garantir uma alimentação de qualidade aos alunos que frequentam a rede municipal e estadual de ensino do município. Para aproveitamento ainda maior da laranja e das uvas, a família ainda produz o suco. Há uma máquina que realiza o processo de espremer. Depois o líquido é elevado a uma temperatura de 70 graus e envazado. O resultado é um suco delicioso e cheio de vitamina. “Já apresentamos o nosso produto a algumas pessoas e elas nos certificaram de que  nosso suco é bom. E isso não tem preço que pague”, ressaltou.

A família destaca ainda que os produtos são comercializados, em sua grande maioria na propriedade. “Tem muita gente que vem de longe buscar as frutas e o suco, sem contar os nossos amigos e clientes aqui de Sobradinho. Tem muitas que são fregueses fiéis”, comemora. Na propriedade, além de Natalino, a esposa Ivete é uma pessoa fundamental no cuidado com as plantas. Eles são pais de Fernanda, que estuda  e mora com os pais, e Éder, que trabalha na Emater de Segredo. Natalino ainda destacou, durante a entrevista, o grande auxílio que a Emater/RS-Ascar presta no assessoramento e absorveu muito conhecimento técnico sobre a fruticultura participando de palestras. “É um trabalho essencial que eles nos prestam, sempre atualizados e nos trazendo novas alternativas e técnicas”, acrescentou.

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Resgate da cultura

Há alguns dias, a família recebeu amigos e visitantes para um “Café Campeiro”. “Foi uma festa só. Tinha gente dançando na grama, jogando bocha, comendo os variados pratos que servimos, tomando suco, chimarrão e chá-mate. Foi um momento bonito de confraternização”, destacou. A casa da família também é parada obrigatória nas caminhadas na natureza promovidas pela Emater.

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