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TABACO

Granizo provocou estragos em mais de mil lavouras da região

Lavoura de Michele Zitzke, de Sinimbu, foi seriamente danificada pelas pedras de granizo que caíram no último domingo

A queda de granizo no fim de semana provocou prejuízos nas lavouras de tabaco das quatro microrregiões do Vale do Rio Pardo. Até a tarde dessa terça-feira, 15, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) havia registrado 1.051 notificações, com 774 em Santa Cruz do Sul, 130 em Venâncio Aires, 94 em Candelária e 53 em Sobradinho.

Segundo o presidente Benício Albano Werner, o prejuízo ocasionado por granizo foi 18% maior neste ano em comparação com 2019, considerando todas as regiões produtoras. “Tivemos quedas de granizo pequenas, mas nada parecido com agora. As fotos postadas nas redes sociais assustam. Muitos produtores tiveram perda total”, disse.

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A produtora Michele Zitzke, de Sinimbu, compartilhou fotos em uma rede social da lavoura danificada pela queda de granizo no último domingo. “Todo um ano de trabalho e dedicação vai para o chão em poucos minutos. Se vão os sonhos e planos. Nos resta aceitar, levantar a cabeça e seguir em frente”, escreveu.

Já em relação à entrega nas indústrias, o volume é tímido na região. Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires chegaram a 1% do total até o momento, enquanto Candelária e Sobradinho estão abaixo de 1%. Conforme Werner, na reunião de conselheiros das regiões produtoras, realizada na última sexta-feira, o retorno foi positivo em relação à satisfação dos produtores.

Segundo ele, as empresas estão remunerando os agricultores com valores melhores, o que reduz a ação de intermediários, que também precisaram aumentar o valor pago pela arroba de tabaco. As empresas que não iniciaram a compra estão auxiliando os produtores com eventuais problemas de fluxo de caixa.

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Porém, o percentual vendido está aquém da expectativa das empresas, com exceção da região de Ituporanga, em Santa Catarina, que se encontra acima do esperado. “Na nossa região, a maioria dos produtores está ocupada com a colheita. E quem já colheu, faz o plantio de milho, soja e outros grãos”, explicou, justificando a atual morosidade do processo de entrega.

No Vale do Rio Pardo, de acordo com Werner, os fertilizantes fizeram efeito e a produtividade subiu para 2,3 mil quilos por hectare, que é considerada a média histórica, acima dos 1.850 quilos do ano passado, que foram resultado da estiagem na fase de desenvolvimento das plantas. “Na média das lavouras, o baixo meio pé teve uma cor desejada pelas empresas e isso dá uma expectativa para uma safra muito boa, de maior qualidade em relação ao ano passado”, comentou.

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A colheita avança na região. Até a tarde dessa terça-feira, 15, Santa Cruz do Sul havia atingido 52% da área plantada. Venâncio Aires está com 50%, Candelária chegou a 47% e Sobradinho registra um percentual inferior, com apenas 15%.

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