Uma organização criminosa que comanda uma redes de contrabando especializada em crimes como lavagem de dinheiro e descaminho de mercadorias – principalmente bebidas – foi alvo da Megaoperação Afluência, desencadeada nesta quinta-feira, 30, pela Polícia Federal (PF) de Santa Cruz do Sul e Polícia Civil de Venâncio Aires. A ofensiva contou com o apoio da Brigada Militar, Polícia Penal e Receita Federal e colocou atrás das grades quatro pessoas acusadas de envolvimento. Três deles foram capturados na Capital do Chimarrão e, um outro, que seria o chefe da quadrilha, em Minas Gerais.
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Nos últimos anos, as organizações criminosas têm voltado o olhar para a prática de delitos como o descaminho, que corresponde ao comércio de mercadorias autorizadas no Brasil, mas sem passar pelos trâmites legais para o recolhimento de impostos. Para as autoridades policiais, isso ocorre porque o lucro obtido com a sonegação de tributos é grande. A esse fator aliam-se as sanções penais brandas, diferentemente de delitos como o tráfico de drogas e roubo de cargas.
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“Temos percebido essa migração para o contrabando e descaminho de cigarros ou bebidas ilegais, em vez do tráfico de drogas, por exemplo, que tem uma pena bem maior. Mas esse dinheiro obtido tem de ser lavado. Quando entra de maneira ilícita, a organização ganha dinheiro com a sonegação de impostos, pois acaba pagando muito menos comprando os produtos em outros países, só que precisa achar um jeito de escoar esse ganho”, explicou o delegado Vinícius Lourenço de Assunção.
Por isso são formadas grandes organizações, como a que está sendo investigada. Elas contam com uma estrutura formada por pessoas, capital e conexões com outros países, capaz de lavar o dinheiro. “Torna-se uma alternativa para gerar lucratividade praticando um delito de menor risco penal”, detalhou o titular da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento de Venâncio Aires.
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