Um ambiente que impressiona pelas proporções. Com 1,1 mil metros quadrados, pilhas de bobinas de papel e uma rotativa com 25 metros de comprimento, a Gráfica Gazeta, onde ocorre a impressão da Gazeta do Sul e da Gazeta da Serra e de pelo menos outros 50 títulos, entre jornais e informativos, cresceu e consolidou-se ao longo dos anos.
A estrutura retrata a evolução da Gazeta do Sul e a consolidação da Gazeta Grupo de Comunicações como uma das principais empresas do ramo no Estado. Se nos primeiros anos o jornal era feito de modo artesanal, os investimentos em tecnologia e qualificação dos processos ampliaram as possibilidades de cobertura jornalística e agilizaram a produção. Para se ter uma ideia, nos dias de semana, a Gazeta fica pronta em uma hora e meia. “A velocidade é um importante diferencial, tanto para a Gazeta do Sul quanto para os demais jornais que atendemos de modo terceirizado”, explica o diretor de Operações do grupo, Everson Ferreira. Hoje, a estrutura do parque gráfico tem condições, por exemplo, de imprimir 20 mil exemplares com até 40 páginas em apenas uma hora.
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Para os leitores da Gazeta do Sul e de jornais terceirizados, esse tempo faz toda a diferença. Afinal, graças à agilidade de produção, ampliam-se as possibilidades de coberturas jornalísticas entre as equipes das redações, que, com isso, têm condições de entregar o noticiário do dia com as mais recentes atualizações. A estrutura logística, associada à posição geográfica da Gazeta no centro do Estado, também agiliza a distribuição dos jornais, acrescenta o diretor.
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A tecnologia é outro importante aliado no dia a dia da gráfica. Com um moderno CTP (Computer-to-Plate), sistema em que as chapas de alumínio usadas na rotativa são gravadas diretamente do computador, a preparação de cada página é feita em poucos minutos. No passado, eram necessárias pelo menos 19 etapas até se chegar ao produto final, o que exigia de seis a oito horas de trabalho.
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As mudanças na estrutura gráfica da Gazeta foram se consolidando ao longo do tempo. Nos primeiros anos, o jornal era feito em uma tipografia localizada a poucos metros do lugar onde fica a empresa atualmente. Para as fotos, eram usados clichês – uma espécie de matriz em zinco, que recebia tratamento especial a fim de gravar a imagem para impressão. Esse procedimento precisava ser executado em uma empresa de Porto Alegre. Diante disso, além do tempo de produção do conteúdo, era necessário levar em conta a ida e a volta do ônibus até a capital. Por esse motivo, as primeiras Gazetas tinham mais textos do que imagens. Evolução
A chegada das primeiras linotipos americanas, a partir de 1957, representou um salto para a Gazeta, reduzindo significativamente o tempo para a impressão. No mesmo período, a empresa adquiriu uma impressora rotoplana Goss-Cox-o-Type, uma das mais sofisticadas da época, e que tornou o processo de confecção do jornal mais ágil. Para se ter ideia, com ela era possível imprimir edições de até 16 páginas por vez. Quando foi aposentada, a capacidade máxima era de 7,5 mil exemplares a cada hora. A linotipia, contudo, seguiu em uso até 1988 e, quando foi substituída pela tecnologia de fotocomposição, quase não havia mais as letras metálicas para compra no mercado.
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Com a vinda da impressora rotativa, em 1979, houve mais um avanço no modo de fazer jornal. Nessa época foi incorporado o sistema offset, com chapas de alumínio banhadas em tinta, com o qual houve um ganho em qualidade dos impressos. O fotocompositor implantado em 1988 – depois que o governo liberou a importação desse tipo de equipamento – reduziu ainda mais o tempo necessário para a realização dos processos que antecedem a impressão. Em meio a isso, foi possível uma reformulação gráfica da Gazeta.
A Gazeta do Sul começou a chegar com páginas colorias a partir de 1997. Para isso, foram necessários ajustes na área gráfica e a rotativa que operava há quase duas décadas recebeu novas estações de impressão. A capacidade de produção cresceu, com seis exemplares impressos a cada segundo, numa capacidade de 16 mil unidades por hora.
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A mais recente e significativa melhoria na área gráfica foi a inclusão de mais uma impressora e a construção de um prédio novo, a qualificação das equipes e a adoção de equipamentos que agilizaram a atividade. A estrutura foi inaugurada em 2010.
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Curiosidades
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Além do atendimento às mais diferentes demandas, a Gráfica passou a oferecer um serviço exclusivo aos seus clientes: uma plataforma para hospedagem das publicações na internet. As edições ficam em um potente servidor e, com isso, os jornais terceirizados têm a possibilidade de disponibilizar aos leitores a comodidade das edições virtuais.
Graças a isso, além de ampliar as receitas por meio de assinaturas digitais, eles podem aumentar suas receitas com publicidade online. Conforme o diretor de Operações, Everson Ferreira, trata-se de um diferencial que permite a inserção dos veículos na rede mundial de computadores sem qualquer custo adicional.
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É da Rússia que vem o papel utilizado para impressão da Gazeta do Sul e dos demais títulos que rodam na gráfica. Por mês, são necessárias entre 40 e 50 toneladas do insumo que dá forma ao noticiário. Desse volume, 90% do papel é reciclado, e o restante vem de áreas de reflorestamento.
Cada bobina de papel utilizado para imprimir o jornal tem cerca de 10,7 mil metros. Por mês, são consumidas até 132 delas, ou algo na casa dos 1.412,4 quilômetros, a distância entre Santa Cruz do Sul e São Paulo.
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Qualidade e eficiência
Os investimentos tanto em tecnologias quanto em qualificação das equipes encarregadas pelo processo de impressão tornaram a gráfica da Gazeta uma das mais conhecidas e inovadoras do interior do Estado. É graças a essa característica que jornais ou instituições como sindicatos e entidades de classe de diferentes regiões optaram por realizar suas impressões em Santa Cruz do Sul.
É o caso do semanário 19 de Julho, de Encruzilhada do Sul. Fundado há 27 anos, o jornal é um dos que são impressos há mais tempo na gráfica da Gazeta. Fatores como qualidade, agilidade de produção e atendimento são aspectos que se destacam nessa relação, aponta Cristina Boni, que mantém o jornal ao lado do marido, Pedro Paulo dos Santos Soares.
Para a empresária, construiu-se uma relação de parceria. Além de todas as orientações acerca de questões de finalização gráfica do jornal, o atendimento prestado pelas equipes da Gazeta contribuiu para a qualificação do seu produto. “Hoje, mesmo recebendo ofertas de outras gráficas, não cogitamos trocar a Gazeta, graças à confiança e à atenção que sempre recebemos em todas as situações”, afirma.
Um dos mais recentes a passar a ser impresso no parque gráfico da Gazeta Grupo de Comunicações é o Jornal Ibiá, de Montenegro, que em março completa 37 anos de existência. Com circulação diária, o jornal é enviado para Santa Cruz por meio da internet e em poucas horas está pronto para chegar aos leitores de Montenegro, Pareci Novo, São José do Sul, Brochier e Maratá.
“Conhecemos a boa reputação da Gazeta enquanto empresa de comunicação há pelo menos 20 anos. Quando chegou a hora de revermos nosso modelo de negócio e terceirizar a impressão, optamos por ela”, aponta a diretora do Ibiá, Mara Rúbia Flôres. Segundo ela, desde dezembro, quando ocorreu a mudança, o retorno tanto de assinantes quanto de parceiros comerciais tem sido bastante positivo. Para a empresária, além desses aspectos, a relação ajuda a fortalecer a cooperação entre os diários do interior no desenvolvimento de projetos em conjunto.
Para todo o Estado
Atualmente, a Gráfica da Gazeta é responsável pela impressão de produtos que chegam às seguintes cidades: Gramado, Canela, Taquari, Passo do Sobrado, Rivera, no Uruguai, Vale do Sol, Barros Cassal, Montenegro, Porto Alegre, Gravataí, Santa Maria, Estrela, Lajeado, Bom Retiro do Sul, Encruzilhada do Sul.
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