Dados do GPS do avião interceptado pela Força Aérea Brasileira no espaço aéreo de Goiás, carregado com 653 kg de cocaína, confirmam que ele voava com plano de voo falso e que, na verdade, tinha decolado com a carga na Bolívia.
A prova técnica confirma o depoimento do piloto Apoena Índio do Brasil Siqueira Rocha e do copiloto Fabiano Júnior da Silva, presos em Jussara, no interior goiano, na noite de segunda-feira, 26, e trazidos para a sede da Polícia Federal, em Goiânia, onde as investigações se concentram.
O GPS revelou que o bimotor prefixo PT IIJ com a droga tinha partido de Cuiabá (MT) às 4h de domingo, chegando à Bolívia às 6h40. Após ser carregado com os sacos de cocaína, decolou com destino a Jussara às 7h40.
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Com a trajetória revelada pelo GPS, a PF descartou a possibilidade de o bimotor com vários fardos de cocaína ter decolado da Fazenda Itamarati do Norte, um imóvel arrendado pelo Grupo Amaggi, e pertencente ao ministro da Agricultura Blairo Maggi, no Mato Grosso.
No plano de voo falso também aparecia que o bimotor tinha o destino uma pista em Santo Antônio do Laverger, no MT, mas em depoimento, o piloto confessou que a droga seria entregue em Jussara. O município é considerado rota de tráfico, mas nunca houve grandes apreensões na região.
Duvidando que o destino final da carga seja mesmo Jussara, o foco da polícia agora é identificar as siglas encontradas nos fardos, onde constam SP, CR7 e NETO, e assim localizar o real destino e os donos da cocaína.
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O volume apreendido foi o maior registrado em 2017 pela Polícia Militar de Goiás, que atuou com helicópteros após a queda da aeronave, apreendendo a carga que foi entregue na PF.
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