As secretarias estaduais de Saúde, Administração Penitenciária e Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro pretendem reduzir ao mínimo possível o número de presos custodiados em unidades de saúde até os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Segundo o secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Júnior, apenas os que não puderem ser transferidos continuarão nos hospitais estaduais, municipais e federais.
“Estamos trabalhando para que não tenha nenhum tipo de custodiado, mas, obviamente, um custodiado em terapia intensiva não temos como levar para o hospital penitenciário”, disse.
As três secretarias trabalham em uma resolução conjunta que vai determinar que os pacientes custodiados sejam removidos o mais rápido possível para a unidade de pronto atendimento do Complexo de Gericinó e para o hospital penitenciário onde poderão se recuperar ou aguardar cirurgia.
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Centro cirúrgico
O secretário reconhece que é necessário construir um centro cirúrgico e uma unidade de terapia intensiva nessas unidades. Ele disse que a operação para manter o mínimo de pacientes custodiados nos hospitais públicos será diária.
Luiz Antônio lembrou que a iniciativa ocorre depois do resgate do preso Fat Family do Hospital Municipal Souza Aguiar, a maior emergência do Rio de Janeiro e uma das principais unidades de referência para os Jogos Olímpicos. Ele foi retirado por mais de 20 criminosos que invadiram o hospital armados no mês passado. Um homem morreu no confronto e duas pessoas ficaram feridas. “Desde aquela ocorrência, estamos trabalhando em conjunto”, disse o secretário.
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Há cerca de duas semanas, 55 presos custodiados estavam em unidades de saúde externas ao sistema penitenciário, e, segundo o secretário, este número já caiu para cerca da metade.
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que o número de custodiados nas unidades municipais foi reduzido consideravelmente e que a intenção é remover todos que forem possíveis até o fim da semana.
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