O governo federal vai lançar nesta segunda-feira, 11, um pacote de medidas para estimular a geração de emprego no país, em especial dos mais jovens, e impulsionar o crédito para pequenos negócios.
Parte das propostas dependerá de aprovação no Congresso. É o caso da principal iniciativa: a redução de encargos para que empregadores contratem jovens de 18 a 29 anos e pessoas acima de 55 anos que não estejam aposentadas.
Essa medida representa perda de receitas para os cofres públicos. Por isso, a equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, fez cálculos nos últimos meses para que a desoneração beneficie quem realmente precisa. Quanto mais amplo o incentivo fiscal, maior é o custo para o governo bancar os novos contratos de trabalho.
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A solução encontrada foi limitar o público-alvo da medida a trabalhadores de baixa renda. A desoneração, portanto, deve valer para novos contratos formais (carteira assinada) e de até 1,5 salário mínimo — hoje, R$ 1.497. Em setembro, os contratos de trabalho assinados previam, em média, um salário de R$ 1.604,60, segundo dados do Ministério da Economia.
Governo pretende barrar substituição de mão de obra
O plano do Ministério da Economia é impedir que o empresário demita funcionários para contratar pessoas na nova modalidade, que é mais barata. O governo quer, portanto, criar um mecanismo para barrar a substituição de mão de obra e estimular a criação de novas vagas.
O pacote, a ser lançado em evento no Palácio do Planalto, prevê ainda medidas para estimular microcrédito para pessoas de baixa renda, um programa para reabilitar quem sofreu acidente de trabalho e a inclusão de pessoas com deficiência no mercado.
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