Mesmo com dificuldades em dar continuidade a algumas obras do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), o presidente em exercício, Michel Temer, pediu nesta quinta-feira, 21, em audiência com o ministro da Cultura, Marcelo Calero, que sejam elaborados estudos para verificar a viabilidade de pôr bibliotecas públicas em unidades habitacionais do projeto.
De acordo com Calero, que foi secretário de Cultura da prefeitura do Rio, a ideia é similar ao Projeto Bibliotecas do Amanhã, desenvolvido pela prefeitura da capital fluminense que consiste na modernização e em novos projetos educativos para as coleções públicas.
“Agora, a gente pretende levar para todo o Brasil”, disse. “O presidente Temer encomendou-nos uma ação especial para o programa MCMV. A gente vai discutir agora com os ministros das Cidades, Bruno Araújo, e da Educação, Mendonça Filho, a possibilidade de que a gente tenha agora bibliotecas no programa MCMV”, disse.
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Paralisia
O jornal O Estado de S.Paulo mostrou, na edição de domingo, que a suspensão de novas contratações e a paralisia das obras do programa atingem 6,1 milhões de famílias em todo o País, número estimado para os que precisam de moradia digna. O MCMV foi criado, em 2009, justamente para combater o déficit habitacional, mas a interrupção do programa deve reverter a tendência favorável dos últimos anos.
Desde que a terceira etapa do programa começou, em janeiro de 2016, a população que mais precisa ficou de fora. As contratações da faixa 1, que beneficia as famílias que ganham até R$ 1,8 mil, estão suspensas desde 2015 e não foram retomadas A faixa 1,5 – que contemplaria famílias que ganham até R$ 2.350 por mês – sequer chegou a sair do papel.
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