O Gabinete de Crise do governo estadual afirma que ações de desbloqueio das vias, com o apoio do exército, serão intensificadas, após uma reunião no final da tarde desta terça-feira, 29, no Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI) da Secretaria da Segurança Pública.. O governador José Ivo Sartori pede que as atividades voltem ao normal. “Momento é de atitudes nobres na direção da normalização dos serviços”, disse. “O Rio Grande não pode parar. Faltam insumos para tratamento da água, gás, oxigênio para hospitais, alimentos e combustível. Apelo à boa vontade dos caminhoneiros e empresários do transporte para que a crise não seja ainda maior e que possamos encontrar um caminho de superação”, complementou.
Ainda nesta terça-feira, o Gabinete de Crise do governo do Estado apresentou a deputados ações para deslocamento e abastecimento da população. “Com diálogo e respeito, estamos trabalhando com as forças de segurança para desobstruir vias e garantir que postos sejam abastecidos com segurança e que as atividades da população e dos setores econômicos possam retomar a normalidade”, avaliou o vice-governador José Paulo Cairoli.
Segundo o coronel Alexandre Martins de Lima, coordenador da Defesa Civil do Estado, algumas mobilizações seguem causando prejuízo. “Nós vamos desobstruir, vamos identificar, vamos verificar e proporcionar plena segurança de todo caminhoneiro que queira continuar suas atividades, parado e tendo prejuízo. Não vão poder alegar que estão constrangidos porque vamos proporcionar toda a condição de que ele saia e possa transitar em qualquer estrada com tranquilidade”, comentou Martins.
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Para o general de Exército do Comando Militar do Sul (CMS), Geraldo Antônio Miotto, que opera com 54 mil homens no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, o momento é de dar um basta frente às paralisações que prejudicam a sociedade. “Chegou o momento do limite do caos, e quem está sofrendo com isso é o pequeno produtor, que não consegue escoar a produção. No entorno das pequenas cidades do interior, não há condições de estocagem”, ressaltou.
A Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) apontou que 73 municípios decretaram estado de calamidade pública em virtude da greve dos caminhoneiros. Em seu nono dia de paralisação, a crise do abastecimento também levou a 131 municípios a decretarem situação de emergência. Além das prefeituras que já decretaram calamidade (36%) ou emergência (64%), outras 106 podem vir a adotar estas medidas caso não haja normalização no abastecimento, revelou a Famurs.
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