O governo estadual segue firme com o plano de encaminhar ainda em 2022 a privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Em audiência pública nesta semana na Assembleia Legislativa, foi confirmada a intenção de publicar o edital e realizar o leilão até o fim do ano. O projeto foi reforçado com a reeleição de Eduardo Leite (PSDB), que além de ter sido quem deu início ao processo, foi o único candidato que defendeu abertamente a venda da companhia na campanha.
A ideia é leiloar as ações da Corsan de propriedade do Estado e ações de municípios que firmaram termo aditivo e optaram por aliená-las no processo de desestatização – não é o caso de Santa Cruz. Esse conjunto representa 99,54% da base acionária da companhia. O valor mínimo da alienação será de cerca de R$ 4,1 bilhões e o critério de julgamento será a maior proposta global.
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Ainda segundo as informações apresentadas na audiência, o vencedor precisará comprovar capacidade econômico-financeira para atingir a universalização dos serviços de saneamento até 2033, conforme prevê o Marco Legal do Saneamento – isso significa levar água potável a 99% da população e tratar 90% do esgoto.
Na audiência, o atual presidente da companhia, Roberto Barbuti, negou que a privatização represente um risco de aumento de tarifa e afirmou que pode até haver redução. “Trará impactos altamente positivos, inclusive em termos socioambientais. Isso vai mudar o patamar da prestação do serviço de saneamento, permitindo avanços na lucratividade e na contenção de perdas, beneficiando o consumidor final”, afirmou.
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