O secretário substituto de Vigilância em Saúde, Júlio Croda, afirmou nesta quinta-feira, 23, que não há, até o momento, nenhum risco de o coronavírus disseminar como uma epidemia. Segundo ele, o Brasil está preparado para possíveis suspeitas de casos e órgãos do governo se preparam para caso haja uma mudança no cenário.
Apesar de cinco Estados terem notificado casos suspeitos da doença, o governo federal descartou as ocorrências. Segundo o secretário, nenhum paciente se enquadrou nos critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para considerar suspeito, o paciente tem que ter apresentado sintomas gripais, ter viajado para a cidade chinesa de Wuhan ou ter tido contato com pessoas infectadas pelo vírus. Foi baseado nesses critérios que o governo federal descartou o caso de suspeita em Minas Gerais.
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“É natural que no início tenha confusão sobre a identificação de casos. Nem a Organização Mundial da Saúde tem claro conhecimento a respeito da transmissão. Imagina nós que nem temos casos suspeitos no momento”, afirmou a jornalistas.
Croda afirmou que caso algum se enquadre nos parâmetros, o governo federal custeará o exame específico. Os parâmetros que serão considerados, segundo Croda, podem ser atualizados a qualquer momento. Essas mudanças serão divulgadas, diariamente, no site do Ministério.
Por recomendação da pasta, agentes de vigilância sanitárias de aeroportos, portos e fronteiras devem ficar atentos sobre possíveis casos. Não há recomendações para testar todos os passageiros que chegarem de voos de locais com confirmação de infecção ou para cancelamentos de viagem para a China.
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De acordo com a Organização Panamericana da Saúde (OPAS), braço da OMS nas Américas, os coronavírus (CoV) são uma grande família de vírus que causam doenças que variam do resfriado comum a doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV). Os sinais e sintomas da pneumonia indeterminada são principalmente febre, dor, dificuldade em respirar em alguns pacientes e infiltrado pulmonar bilateral.
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Caso suspeito
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No Brasil, um caso suspeito foi notificado nessa quarta-feira, 22, pela Secretaria da Saúde de Minas Gerais, mas negado em seguida pelo Ministério da Saúde. O ministério informou, por meio de nota, que “não há detecção de nenhum caso suspeito no Brasil” de infecção por coronavírus. A nota do ministério contradiz a Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Minas Gerais, que classificou como “caso suspeito de coronavírus” o de uma mulher de 35 anos que está internada em Belo Horizonte.
“O caso noticiado pela SES/MG não se enquadra na definição de caso suspeito da Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo em vista que o paciente esteve em Xangai, onde não há, até o momento, transmissão ativa do vírus. De acordo com a definição atual da OMS, só há transmissão ativa do vírus na província de Whuan”, explicou o ministério da Saúde.
Segundo a pasta, o governo federal faz “monitoramento diário da situação junto à OMS, que acompanha o assunto desde as primeiras notificações de casos, em 31 de dezembro de 2019”. A paciente suspeita para o coronavírus em Belo Horizonte está internada no Hospital Eduardo Menezes (HEM). Segundo a Secretária de Saúde mineira, a mulher desembarcou na capital do Estado no último sábado, 18, apresentando “sintomas respiratórios compatíveis com a doença respiratória viral aguda.”
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Alerta mundial
Governos de países como Reino Unido, Austrália, Rússia, Cingapura e Turquia adotaram medidas em aeroportos e regiões de fronteira para identificar casos suspeitos de coronavírus. As medidas incluem a criação de zonas especiais exclusivas para passageiros vindos da China, o uso de câmeras térmicas para identificar pessoas com alta temperatura corporal e, até mesmo, o fechamento de fronteiras.
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