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Governo avalia municipalização da Escola Estadual Guilherme Simonis

Escola localizada no Distrito de Boa Vista passará para a gestão municipal de “porteira fechada”, com toda a estrutura dentro

A Escola Estadual Guilherme Simonis deverá se chamar Escola Municipal de Ensino Fundamental Guilherme Simonis, mas esse processo ainda está em análise. Embora a prefeita Helena Hermany (PP) tenha assinado, em 22 de março, uma solicitação ao até então secretário estadual de Educação, Faisal Karam, pedindo os atos de mantença – termo formal para a transferência – para que o Município assuma a administração da escola, aproveite a estrutura e assim aumente a oferta de vagas na Educação Infantil, a documentação está sendo avaliada.

Segundo a coordenadora pedagógica da Secretaria de Educação de Santa Cruz do Sul, Betina Thomas, a expectativa é de que a liberação ocorra nos próximos dias, visto que os interesses do Estado e da Prefeitura são os mesmos.

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No início de março, a 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE) havia manifestado a possibilidade de desativar a escola, que está situada no Distrito de Boa Vista, e encaminhar os alunos para outros educandários, alguns a mais de 20 quilômetros de casa. Com 137 anos de atividades, a Guilherme Simonis chegou a ter aproximadamente 300 estudantes, mas hoje conta com apenas 29, que estão em turmas multisseriadas (turmas que contemplam diversas idades do 3º ao 9º ano do Ensino Fundamental).

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Desde que o ano letivo teve início, no dia 8 de março, os estudantes estavam sem receber nenhum tipo de conteúdo didático – nem pelo ensino remoto, nem no formato impresso para ser retirado no colégio. No entanto, assim que a Prefeitura de Santa Cruz do Sul assinou a solicitação para ser mantenedora da escola, os materiais começaram a ser produzidos por professores. Esses conteúdos são entregues para os alunos na secretaria da Guilherme Simonis. Além disso, uma diretora a serviço do Município já está em processo de transição.

“A escola ainda é do Estado, toda a regulamentação e trâmites são estaduais. No entanto, a metodologia de ensino, os trabalhos enviados aos alunos e toda a parte pedagógica já são do Município. Acredito que logo deve acontecer a transferência, até porque é do interesse do Estado que a Prefeitura assuma, embora seja a primeira vez que ocorra essa transferência em Santa Cruz. Na região, já tivemos casos de troca de mantença em Rio Pardo, Candelária, Encruzilhada do Sul e Sobradinho”, esclareceu Betina.

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Segundo a coordenadora de Educação, para este ano, as regras continuarão as mesmas que já vinham sendo aplicadas, com turmas multisseriadas e a extinção das turmas do 1º e 2º ano. “Um dos itens do documento é de que no primeiro ano se mantenha os professores do Estado e as mesmas normas. Como a escola iniciou este ano sendo estadual, nós devemos cumprir o calendário de 200 dias letivos. O governo do Estado autorizou apenas a abertura de turmas do 3º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Mas, para o próximo ano, projetamos turmas a partir da pré-escola”, salientou Betina.

Os alunos que utilizam ônibus e estudam em escolas que ficam mais longe das suas residências podem pedir a sua transferência para a Guilherme Simonis.

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Situação pegou a comunidade de surpresa
Em março deste ano, a 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE) teria manifestado interesse em suspender as atividades na Escola Estadual Guilherme Simonis. A informação, que pegou a comunidade escolar e os pais de surpresa, veio à tona no dia 9 em uma reunião entre a direção, CPM, 6ª CRE e Secretaria Municipal de Educação, que tratou sobre o destino do educandário e de seus alunos.

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Uma das possibilidades apontadas seria a transferência dos estudantes para a Escola Municipal de Ensino Fundamental Felix Hoppe, em Linha Nova, distante mais de 20 quilômetros da comunidade onde vivem. A outra seria a municipalização da Guilherme Simonis, já que a Prefeitura demonstrou interesse em assumir o prédio.

A 6ª CRE havia encaminhado uma mensagem de áudio aos pais e responsáveis pelos alunos. Nela, o coordenador Luiz Ricardo Pinho de Moura expôs a possibilidade de cessar as atividades na estrutura. Inconformadas, as famílias e a direção da Guilherme Simonis procuraram o vereador Alberto João Heck (PT). Ele entrou em defesa da manutenção da escola centenária e levou o caso para discussão na Câmara de Vereadores.

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