Após análise dos 67 recursos apresentados por municípios e associações que foram preliminarmente classificadas com bandeira vermelha, o Gabinete de Crise decidiu manter em laranja as regiões de Caxias do Sul, Erechim e Palmeira das Missões na oitava rodada do Distanciamento Controlado.
Com isso, o mapa definitivo, divulgado nesta segunda-feira, 29, pelo governador Eduardo Leite, ficou com seis regiões classificadas em vermelho (risco epidemiológico alto) – Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Capão da Canoa, Passo Fundo e Santo Ângelo –, duas com amarelo (risco baixo) – Taquara e Bagé – e as 12 restantes com laranja (risco médio) – entre elas a região de Santa Cruz do Sul.
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“Estamos falando de algo muito grave, que é fechar estabelecimentos, suspender serviços e, eventualmente, provocar dificuldades na vida das pessoas em termos de renda e emprego. Por isso, não pode ser uma fórmula matemática aplicada indiscriminadamente. Tem de haver uma análise de contexto e, em última instância, uma visão que acaba sendo subjetiva, mas ao máximo respaldada pelos dados, pela ciência, pela informação, como estamos fazendo aqui no RS. Adotando restrições que nos ajudam a controlar o contágio de coronavírus em lugares onde se impõe verdadeiramente o risco”, explicou o governador durante transmissão ao vivo.
A vigência das novas bandeiras começa à meia-noite desta segunda-feira e se encerra às 23h59 da próxima segunda-feira, 6.
Leite lembrou ainda que as regiões de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo e Capão da Canoa não poderão ter redução na bandeira na próxima semana por terem sido classificadas pela segunda vez em vermelho no período de 21 dias – todas elas estiveram com risco alto na sétima rodada do Distanciamento Controlado. “Continuamos observando piora em indicadores nessas regiões, por isso, é ainda mais importante que as pessoas respeitem os protocolos para poderem retornar à bandeira laranja, caso contrário, essas restrições vão se tornar mais duradouras”, alertou o governador.
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Dos 167 municípios que compõem as seis regiões com bandeira vermelha, 91 cidades (representando 8,7% da população dessas regiões) não tiveram registro de hospitalização e óbito por Covid-19 de morador nos últimos 14 dias. Com isso, podem adotar protocolos previstos na bandeira laranja. Basta que mantenham atualizados os registros nos sistemas oficiais e adotem, através de decreto, regulamento próprio, com protocolos para as atividades previstas na bandeira laranja.
“Temos quase metade da população vivendo sob bandeira vermelha, o que significa que, sim, é preciso ter uma série de cuidados e mais restrições para que haja de fato o controle dessa subida de curva. Vamos conviver com restrições por muito tempo, já estamos vendo isso no mundo, em países como China, Austrália, Alemanha e Estados Unidos, onde estão voltando a restringir, porque há uma segunda onda da pandemia. Por isso, é muito importante que a gente entenda que a convivência será longa e que precisamos tomar cuidados necessários”, ressaltou a coordenadora do Comitê de Dados, Leany Lemos.
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Populações total e em regiões de bandeira vermelha:
• Total no RS: 11.329.605
• Em regiões de bandeira vermelha: 5.712.676 (50,4%)
• Em municípios enquadrados na regra zero óbito/zero hospitalização: 495.180 (4,4%)
• Com restrições de bandeira vermelha: 5.217.496 (46,1%)
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