A análise dos 37 recursos apresentados por municípios e regiões preliminarmente classificados com bandeira vermelha levou à decisão de passar para laranja as regiões de Passo Fundo, Caxias do Sul, Erechim e Taquara na 9ª rodada do Distanciamento Controlado.
O mapa definitivo, com seis regiões classificadas em vermelho (risco alto) – Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Capão da Canoa, Palmeira das Missões e Pelotas – e as outras 14 em laranja (risco médio), foi divulgado pelo governador Eduardo Leite após reunião do Gabinete de Crise nesta segunda-feira, 6.
A vigência das novas bandeiras começa à meia-noite desta segunda-feira, 6, e se encerra às 23h59 da próxima segunda-feira, 13. O mapa e os protocolos de referência podem ser consultados em distanciamentocontrolado.rs.gov.br.
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Segundo Leite, a decisão de reconsiderar as quatro bandeiras levou em conta, principalmente, o aumento na capacidade hospitalar na comparação com o índice de contágio da população. Explicou que existe certa dose de “subjetividade” e de confiança nessas regiões, sem deixar o alerta aceso para os próximos dias.
“É claro que a decisão recai numa ponderação, que usa os dados, mas que tem alguma dose de subjetividade, que é natural e desejável que se tenha. Afinal, há argumentos para que se feche tudo (estabelecimentos) com sua dose de razão, e de outro lado, que também têm razão, há aqueles que querem que se abra o máximo possível. Nós queremos estabelecer a melhor conciliação, preservando vidas, reduzindo taxa de contágio e mantendo os casos dentro da capacidade de atendimento, punindo o menos possível a economia, a renda e os empregos dos gaúchos”, destacou Leite em transmissão ao vivo pelas redes sociais.
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Com a atualização, 53% da população gaúcha (5,9 milhões de habitantes) está sob restrições mais rígidas impostas pela bandeira vermelha. Dos 155 municípios classificados com nível alto, 87 podem adotar protocolos previstos na bandeira laranja por meio de regulamento próprio. Isso porque se adequam à chamada “Regra 0-0” – não tiveram registro de hospitalização e óbito por Covid-19 de morador nos 14 dias anteriores ao levantamento. A condição é que mantenham os registros oficiais atualizados.
Durante a transmissão, Leite voltou a afirmar que o Estado passa pelo momento mais crítico – desde domingo, 5, está na 28ª semana epidemiológica, quando historicamente a rede de saúde gaúcha registra aumento de demanda por doenças respiratórias e outras agravadas pelo frio e pode haver sobrecarga com os casos de Covid-19.
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“Está nas nossas mãos termos menos restrições às atividades econômicas e que essas restrições se deem em tempo e proporção menores. Estamos passando, nos próximos 15 dias, pelo momento mais sensível, mais difícil, especialmente na Região Metropolitana, devido a um aumento constante e persistente dos casos de coronavírus e de internações em leitos de UTI. Por isso, pedimos que nos ajudem, cumprindo os protocolos, especialmente nessas próximas semanas”, afirmou o governador.
A coordenadora do Comitê de Dados, Leany Lemos, também participou da transmissão e, mostrando gráficos comparativos do Rio Grande do Sul com outros Estados, indicou que a estratégia do Distanciamento Controlado tem dado certo. “Estamos bem em relação ao resto do Brasil no número de casos, na situação de atendimento hospitalar e na taxa de óbitos proporcional à população. Mas não podemos esquecer que nosso objetivo é salvar vidas. O que a gente quer é que o menor número possível de famílias sejam afetadas por um óbito, por isso a importância dos leitos de UTI e de manter o alerta e o monitoramento dos indicadores, para não perdermos o controle da situação”, reforçou Leany.
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