Acabo de voltar do Rio de Janeiro, onde fiquei com Maristela festejando por dez dias seu níver. Como já contei aqui, minha primeira viagem ocorreu quando eu tinha 20 anos.
Soube, por um colega do Direito da UFRGS, que a Aviação Sadia (existiu por pouco tempo essa companhia aérea) estava fretando um voo ao Rio para assistir ao jogo entre o Flamengo e o Inter. Um colega, bem mais velho que eu, serviu de meu fiador e comprei as passagens em dez prestações. O Inter não era muito conhecido, assim como qualquer time distante. Fui com a camiseta colorada e as pessoas achavam que eu era do América do Rio. Ficamos ao lado de uma charanga do pessoal do Flamengo e tudo ficou numa boa.
Perdemos por 1 a 0, gol de “Fio Maravilha”. Por sinal há uma canção que fez muito sucesso na época. Os mais antiguinhos devem se lembrar : “Fio Maravilha, nós gostamos de você, Fio Maravilha, faz mais um pra gente ver”. Não sei de onde vem essa alegria constante do carioca. Sempre um sorriso.
Com o tempo, notei que não se deve levar a mal algumas coisas. O carioca fala gritando, nem que esteja seu interlocutor a centímetros de distância. Quando discute futebol, o discurso repete o palavrão na constância de uma metralhadora.
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Nunca fui assaltado. Nesses anos todos sempre me hospedei em hotéis de frente para o mar. Não me importo que sejam mais caros, a vida é uma só, “carpe diem” (aproveite o dia) como diziam os romanos.
O general Heraldo Tavares Alves, que servia em Santiago quando eu era juiz de direito, sempre dizia: “vocês aqui no sul têm frutas sazonais; no Rio nós temos de tudo o ano inteiro.” Apesar de a maioria dos cariocas não apreciar muito vinhos ou espumantes, em qualquer supermercado estará a bebida ao alcance da mão.
É claro que o melhor churrasco é o do Rio Grande do Sul. No Rio, não há aquelas gauchadas com espetos e tudo, mas a apresentação dos pratos é muito boa e a carne não deixa nada a desejar. O mesmo diga-se para os frutos do mar. Evidente que os produtos vêm de outros estados, mas a culinária é de alto padrão, mesmo a gente estando num restaurante mais simples.
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Os garçons sempre estão bem vestidos e deixam o forasteiro muito à vontade. São afáveis e compreensivos. Exemplo: eu e minha mulher não somos de comer montanhas de comida no prato. Então sempre indagamos se a porção de uma pessoa pode ser servida em dois pratos. Nunca recebi um não.
Se aparece no menu um prato desconhecido, eles não vacilam em servir uma pequena prova.
Outra hora conto mais coisas.
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