Até pouco tempo atrás, a gordura era considerada uma vilã por quem iniciava uma dieta com foco no emagrecimento. No entanto, essa visão vem mudando nos últimos anos a partir de estudos que comprovam que, na verdade, ela faz bem à saúde enquanto que o carboidrato é mais prejudicial. Novas modalidades de regime modificam o que até então era recomendado pelas diretrizes da nutrição e prometem dar mais resultados a quem busca a perda de peso com qualidade.
De acordo com a nutricionista Camila Mai, a mais restritiva é a dieta Cetogênica, a qual consiste em diminuir a quantidade de carboidratos para menos de 5%, aumentar a quantidade de gorduras para cerca de 75% e manter as proteínas em 20%. “Os principais benefícios são a perda de gordura corporal, controle da glicemia (e da resistência à insulina), mais disposição, foco e concentração, normalização da fome e diminuição de acne”, revela. Normalmente, o carboidrato é a primeira fonte de energia do corpo. Com a dieta Cetogênica, a geração de energia passa a ocorrer por meio da produção de cetonas após três dias seguindo o regime. A outra proposta é a Low Carb, que também aumenta o consumo de gordura e reduz o de carboidratos, mas em menores proporções. “Estratégias cíclicas com dieta Cetogênica seguida de dieta Low Carb têm resultados benéficos para a saúde e maior adesão”, comenta.
Camila: bom para o corpo
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Camila afirma que o segredo do sucesso para as dietas está no planejamento alimentar, o qual deve ser organizado por um nutricionista. O profissional adequará os micronutrientes e as escolhas saudáveis com gorduras mono e poliinsaturadas (como oleaginosas, abacate e azeite de oliva) e das proteínas (como carnes, leite, iogurte, queijos e suplementos alimentares). De acordo com Camila, o planejamento considera o perfil hormonal e bioquímico e a rotina de vida do paciente. “O profissional irá conduzir para a melhor estratégia nutricional a fim de atingir os objetivos em saúde e estética.”
Fatores negativos
Camila Mai conta que as maiores dificuldades estão nas escolhas alimentares – sem abusar de gorduras saturadas e produtos industrializados – e na falta de adesão à dieta a longo prazo. “Como existem muitas restrições, a sequência muitas vezes pode ser interrompida e, então, o processo todo recomeça”, diz a nutricionista. Em relação a doenças conhecidas por serem causadas pelo consumo excessivo de gordura, ela dá outra notícia boa. Uma pesquisa publicada nesta semana e que contou com a participação de 135 mil pessoas, de 18 países, concluiu que as gorduras não estão relacionadas a doenças cardiovasculares. “O maior consumo de gordura foi associado à menor mortalidade”, comenta. O estudo conclui ainda que a ingestão elevada de carboidratos foi relacionada a um maior risco de mortalidade total.
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Método alternativo busca a autoestima do paciente
Diante da demanda por um trabalho que envolvesse, além de um plano alimentar voltado ao emagrecimento, cuidados com a saúde e os aspectos emocionais, há três anos surgiu em Santa Cruz do Sul uma proposta que une acompanhamento psicológico, de nutricionista e de educadora física. Conforme a psicóloga Carolina Schunke de Almeida, idealizadora da iniciativa, o Grupo de Apoio para Emagrecimento (Gape) oferece avaliação nutricional, plano alimentar, aulas de dança, aulas de muay thai, caminhadas e, principalmente, grupoterapia, que estimula a sensação de bem-estar, autoestima, autoconhecimento e motivação constante para o processo de emagrecimento.
Carolina: pelo bem-estar
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As atividades são coletivas e contam com até 15 pessoas. Carolina destaca que a atuação dos profissionais ocorre de acordo com as necessidades de cada paciente. As inscrições para um novo grupo já estão abertas. Mais informações podem ser obtidas por meio da página do Gape no Facebook (facebook.com/eumesintobem) ou pelos telefones 99965 7805 e 99611 1201.
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