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Golpistas tentam tirar dinheiro de poupadores

Uma nova forma de tentativa de extorsão de dinheiro vem sendo aplicada na região. A advogada santa-cruzense Ângela Cristina Henn relata que golpistas têm procurado poupadores da cidade e outros municípios. Os estelionatários pesquisam na internet e descobrem se as pessoas têm processos judiciais, principalmente os que tratam das perdas em cadernetas de poupança dos planos Bresser, Verão e Collor.

A advogada conta que os golpistas entram em contato com essas pessoas por telefone, dizem que são de algum “ministério de Brasília” ou “central de acordos do banco” e conquistam a confiança dando dados do processo. Em alguns casos, chegam a dar o nome dos advogados, alegando que estes estão cobrando custas e despesas judiciais para dar andamento ao processo. Os valores passam de R$ 1 mil.

Os golpistas prometem pagamento imediato pelas perdas. Outra estratégia usada para ganhar a confiança é dizer que o pagamento das custas tem de ser feito no “cartório”, mas não informam qual. Se a pessoa demonstrar interesse, acabam mudando a conversa e informam que o depósito deverá ser efetuado em conta bancária.

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A advogada explica que a maioria das pessoas que tinha conta de poupança na época dos planos econômicos – entre 1987 e 1990 – é idosa e os criminosos se aproveitam disso. Uma das principais estratégias é dar informações que, no entender da vítima, só o advogado poderia saber, mas que são de fácil acesso nos sites jurídicos.

O tom da conversa é cordial e os golpistas demonstram ser educados e prestativos, tudo no intuito de ganhar a confiança. Pode ser homem ou mulher. A advogada Ângela Henn acredita que possam até mesmo ter algum tipo de apoio jurídico, pois apresentam informações e alguns termos que normalmente seriam conhecidos somente por um profissional da área jurídica.


Ângela Henn soube dos casos
Foto: Rodrigo Assmann

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No STF

Os processos que pretendem recuperar as perdas da caderneta de poupança costumam levar vários anos até o pagamento. Conforme Ângela, apesar de alguns poupadores já terem recebido os valores que lhe eram devidos, isso ocorreu somente para casos onde já havia decisão transitada em julgado. 

Atualmente, a maioria dos processos está parada, pois aguarda a decisão que somente o Supremo Tribunal Federal (STF) pode dar. Ângela destaca que não existe hipótese de “agilizar” as ações. Ressalta que, em caso de dúvidas, as pessoas devem buscar informações sobre o andamento do processo com seu advogado.

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