A convite da Secretaria Municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Esporte (Sehase), de Santa Cruz do Sul, a Polícia Civil participou nessa terça-feira, 17, no auditório da Assemp, de um bate-papo com usuários dos projetos Reativar, Maturidade Esportiva e Centro de Referência do Idoso. A iniciativa faz parte do Projeto Cuidando da Saúde em Casa, criado durante a pandemia para alcançar o público com atividades on-line e agora também com ações presenciais.
O bate-papo foi conduzido pela delegada da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), Raquel Schneider, pela escrivã Camila Pavani, e pelo inspetor da Delegacia Regional de Polícia Civil Tiago Scheidt. Durante a conversa foram mencionados diferentes tipos de golpes, as formas de abordagem mais utilizadas pelos criminosos e orientações para identificar cada situação e reduzir as possibilidades de a pessoa cair em armadilhas.
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Golpe do auxílio emergencial, do Pix, do falso parente, do WhatsApp clonado, dos nudes e até o batido golpe do bilhete, que ainda faz inúmeras vítimas, foram apontados como os de maior incidência. “Estamos dentro da delegacia vendo isso acontecer o tempo todo, os registros são feitos ali na DPPA e depois vão para investigação, então a gente começou a se perguntar o que poderíamos fazer para ajudar as pessoas a se prevenirem”, disse a delegada Raquel.
Segundo ela, o Brasil é tido como um dos países onde mais acontecem golpes. “Todos somos vítimas em potencial, temos que aprender a não cair porque os oportunistas estão aí”, alertou. Ela chama atenção para o apelo do ganho financeiro que acaba sendo o chamarisco para vítimas em potencial. “Não existe dinheiro fácil, temos que ser mais espertos”, disse. Outra questão levantada foi a utilização cada vez maior da internet para os mais diversos tipos de transação. “Por consequência, os golpes também aumentaram no ambiente virtual, então temos que aprender a usar a tecnologia sem sermos passados pra trás”, alertou.
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Atenta às orientações, a aposentada Ana Raffler, contou que trabalhou durante mais de 40 anos em agência bancária e afirmou ter visto muita gente ser vítima de golpes. Até mesmo ela já perdeu as contas de quantas abordagens sofreu e sofre até hoje. “Já vi muito golpe, principalmente com pessoas mais velhas. O idoso confia muito, não é dessa geração de hoje. Tem que confiar desconfiando”.
Também a dona de casa Lia Mara Kothe, de 73 anos, há poucos dias quase foi vítima. Ela estava no hospital com o marido internado e recebeu um telefonema de alguém dizendo ser filha dele e pedindo a quantia de R$ 2 mil. Com o avançar da conversa, percebeu que se tratava de golpe. Outra tentativa ocorreu há quase 10 anos, o que relatou como uma experiência aterrorizante. “Ligaram como se fosse minha filha que tivesse sido sequestrada e quase caí, mas tive a coragem de desligar. Fiquei nervosa porque já tinha perdido um filho”.
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