O deputado federal Marcelo Moraes (PL) publicou em seu perfil no Instagram um vídeo que mostra seu discurso em um evento que conta com a presença de outros quatro deputados federais e apoiadores. Na fala, o político santa-cruzense defende o ex-presidente Jair Bolsonaro que, recentemente, foi indiciado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
As acusações são resultado do inquérito concluído pela Polícia Federal (PF) na última quinta-feira, 21, que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.
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No vídeo, Moraes afirma que há um golpe em curso no Brasil há mais de três anos. “Esse golpe começou quando o Fachin, indicado pela Dilma, encontrou um erro de CEP, lá no processo do Lula, para tirar o ladrão da cadeia; quando o Alexandre de Moraes não deixou chegar lá no Nordeste toda a propaganda do nosso presidente Bolsonaro; desde que Moraes não nos deixou chamar Lula de bandido e de ex-presidiário na eleição; e desde o momento em que tornaram Bolsonaro inelegível por ter conversado com embaixadores de outros países”.
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Ainda, Moraes ressalta que o golpe está sendo protagonizado no Brasil pelos ministros “que há muito tempo trocaram a toga preta pela toga vermelha e estão a serviço da esquerda no país”.
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Entenda
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Em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última quinta-feira, a PF indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas – entre elas os generais Augusto Heleno (ex-chefe do GSI), Braga Netto (ex-ministro da Defesa e vice de Bolsonaro na chapa derrotada em 2022), Paulo Sérgio Nogueira (ex-comandante do Exército) e Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército), o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres – pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
A PF aponta Bolsonaro como “líder” da organização criminosa, a qual tinha como objetivo mantê-lo no poder. O mesmo relatório aponta que Bolsonaro sabia do plano para matar o presidente Lula, o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e Moraes, em 2022. Além de mensagens de celular, vídeos, gravações, depoimentos da delação premiada do tenente-coronel Cid, há uma minuta de um decreto golpista, que, de acordo com a PF, foi redigida e ajustada por Bolsonaro.
Veja o vídeo:
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