A General Motors vai retomar a produção normal de veículos na fábrica de São Caetano do Sul, em São Paulo, nesta segunda-feira, 27, e em Gravataí, no dia 4 de outubro, com o retorno do segundo turno de trabalho nas duas unidades. Com isso, a empresa espera recuperar ao menos parte dos cerca de 200 mil veículos que deixou de produzir no período em que as unidades ficaram fechadas por falta de semicondutores.
“O campeão voltou”, disse o novo presidente da GM na América do Sul e Brasil, Santiago Chamorro, na manhã desta quarta-feira, 22, na primeira conversa com um grupo de jornalistas brasileiros após assumir o cargo, em 31 de agosto. Ele ainda está nos Estados Unidos, preparando a volta ao País, e fez o anúncio on-line.
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O executivo presidiu a filial brasileira entre 2013 e 2016, e ocupava, na sede da matriz em Detroit, o posto de vice-presidente da divisão global de serviços conectados antes de ser escolhido para suceder Carlos Zarlenga, que deixou a companhia. A fábrica de Gravataí, onde é produzido o Onix, ficou quase dois meses paralisada em razão da falta de chips, problema que atinge montadoras de todo o mundo. A de São Caetano, que produz Tracker, Spin e Onix Joy, suspendeu a produção por mais de dois meses, período em que também realizou obras para o início da produção da nova Montana, em 2022.
Chamorro disse que os problemas de suprimento de semicondutores e outros componentes prosseguem, mas o grupo trabalha para administrar a volatilidade de abastecimento da melhor forma possível. “Há um trabalho gigantesco, de forma global, para redesenhar nossa manufatura de produtos e a cadeia de logística de suprimentos”, afirmou o executivo. O objetivo é tentar depender menos de poucos fornecedores concentrados na Ásia.
A partir das próximas duas semanas, as três fábricas de automóveis da marca no País estarão trabalhando em dois turnos – a de São José dos Campos, em São Paulo, onde são feitos a picape S10 e o SUV Trailblazer já operava nessas condições. Só com a operação em um turno nas unidades do Rio grande do Sul e do interior paulista, a partir de meados de agosto, a marca já conseguiu alcançar 12% de participação nas vendas de automóveis e comerciais leves até essa terça-feira, 21, informa Chamorro.
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Nos últimos meses, a fatia estava na casa dos 7%, já que o Onix era o carro mais vendido da marca e campeão de vendas no País por vários anos. “A retomada da produção mais acelerada a partir de agora é um bom momento para ampliar nossos esforços para criar na região um negócio auto sustentável”, afirmou o executivo colombiano. A GM registra prejuízos na América Latina há vários anos seguidos.
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