Depois de ser questionada pelo Conselho Federal de Psicologia, a Rede Globo emitiu uma nota oficial em que afirma que “novelas são obras de ficção”. A polêmica teve início com a publicação de uma carta aberta do conselho, criticando a forma “simplista” com a qual a emissora estava tratando o caso de abuso sexual sofrido por Laura, personagem de Bella Piero, em O Outro Lado do Paraíso.
Na trama, Laura tem dificuldades para ter intimidades com seu marido, Rafael, por conta de abusos sexuais que sofreu de seu padrasto na infância. Ela busca ajuda profissional, mas em vez de ir a um psicólogo, procura sessões de hipnose e coaching, o que é desaprovado pelo conselho.
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Após inúmeras críticas e questionamentos, a emissora resolveu se manifestar. A Globo se defendeu ao dizer que suas novelas são uma obra de ficção e não têm compromisso algum com a realidade. A nota ainda afirmou que a personagem Laura recorre a “diferentes e variadas formas de apoio e terapias, das mais às menos ortodoxas”.
Confira a nota na íntegra:
“As novelas são obras de ficção, sem compromisso algum com a realidade. A Globo reconhece a importância de todos os seus programas para discussões e reflexões sobre assuntos de interesse da sociedade e está atenta à responsabilidade que lhe é atribuída sobre todos os temas abordados. O que a novela ‘O Outro Lado do Paraíso’ quer mostrar com o desenvolvimento da trama da personagem Laura é o processo pelo qual passa uma pessoa que precisa de ajuda, recorrendo a diferentes e variadas formas de apoio e terapias, das mais às menos ortodoxas.
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É importante reiterar, ainda, a seriedade com que a novela ‘O Outro Lado do Paraíso’ tem abordado, desde a estreia, questões relacionadas a diferentes tipos de abuso e preconceito. Corroborando o compromisso da Globo com a sociedade, está prevista a exibição, ao final de alguns capítulos, de cartela de divulgação do Ligue 100, número oficial para denúncias de violação de direitos humanos.
Comunicação da Globo”
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