Olá, pessoal! Tudo bem? Eis que nesta sexta-feira, 21, chegamos ao último dia de nossa expedição Os Caminhos do Tabaco 2020. Fizemos o percurso em direção à região Sul do Rio Grande do Sul, onde ficam os maiores municípios produtores desse produto no Estado e, por conseguinte, também no Brasil.
Em Canguçu, visitamos nessa manhã a propriedade de Ariel Bohm, que aposta no tabaco, como todas as demais contempladas no roteiro, mas investe também em fruticultura. Com essa atividade, ele encaminha a diversificação de renda.
Diferente de tudo o que verificamos ao longo da semana, em áreas nas quais o tabaco já foi todo colhido na safra 2019/20, chegamos agora ao Sul gaúcho, na qual encontra-se lavouras em plena época de colheita. Vale lembrar que essa região também registra perdas consideráveis em virtude da seca que afetou o Estado, e, aliás, ainda o está afetando.
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Orgulho por sua junta de bois
Em nossa expedição por todo o Sul do Brasil, nesta quinta ingressamos de volta ao Rio Grande do Sul e fizemos a parada no município de Putinga, na parte alta do Vale do Rio Taquari, a 150 quilômetros de Santa Cruz do Sul. Ali visitamos a família Salva, tendo sido recepcionados por Silvio José Salva e sua esposa Sidiane, bem como por seus pais Silvério e Marisa e pelo irmão Miguel, além dos filhos pequenos de Silvio. Dentre todas as atividades desenvolvidas na propriedade, e em meio ao maquinário e às tecnologias adotadas, ele demonstra muito orgulho por sua junta de bois zebu, Gaúcho e Campeiro, com os quais se deixou fotografar.
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A valorização do meio ambiente
A propriedade começou a ser estruturada e explorada pelo avô de Silvio e também por seu pai, e hoje ele, juntamente com seu irmão Miguel, segue esse exemplo e essa mesma filosofia de trabalho e de cuidados em família.
As terras dos Salva têm como característica a presença de muita mata nativa, e nela uma árvore se destaca: é um angico que, pelas informações de que dispõem, teria no mínimo 150 anos. É uma senhora árvore, que ele fez questão de nos mostrar, com evidente orgulho.
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Em décadas passadas, era comum que madeireiras explorassem essa madeira de lei para construções ou fabricação de rodas de carroça, entre outros produtos, mas seu avô e seu pai buscaram preservar esse mais do que centenário angico, e ele fará o mesmo para as gerações futuras. Ou seja, seus filhos hoje já sabem que herdarão esse patrimônio ambiental e estão sendo devidamente educados para também dar valor a ele.
A semana de viagens por todo o Sul do Brasil até aqui foi muito cansativa, com deslocamentos por longas distâncias. Porém, o que nos deixa gratificados é a receptividade e o jeito como os produtores nos receberam e abriram as suas propriedades para nos mostrá-las. Isso reforça a satisfação e a importância do nosso trabalho em meio a uma cultura que merece todo o respeito e máxima atenção.
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