O Ministério Público do Rio Grande do Sul, representado pelo coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), João Beltrame, e pela promotora de Justiça de Rio Pardo, Christine Mendes Ribeiro Grehs, participou de reunião, nessa segunda-feira, 14, que tratou do processo de transferência da cessão de uso e gestão do Hospital Regional do Vale do Rio Pardo para o Governo do Estado.
O encontro teve como objetivo acompanhar a transição e definir os próximos passos. Desde junho de 2020, a unidade se encontra sob a gestão provisória do Instituto de Administração Hospitalar e Ciências da Saúde (IAHCS), determinada após uma ação ajuizada pelo MP.
“Passados quase dois anos da Operação Camilo, obtivemos, com apoio da Secretaria Estadual de Saúde e da Prefeitura, um avanço significativo para concretização da estadualização do Hospital de Rio Pardo, que é um anseio da comunidade e, com certeza, irá melhorar muito a condição e qualificação do serviço prestado no município”, ressaltou o coordenador do Gaeco.
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A reunião desta segunda-feira, 14, ocorreu de forma híbrida com a presença da secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, o prefeito de Rio Pardo, Edivilson Brum, e a procuradora do Estado, Aline Fayh Paulitsch. Também participaram o vice-prefeito de Rio Pardo, Rogério Monteiro, a secretária municipal de Saúde, Francele Frantz, e o procurador municipal Vilton Fraga da Silva, além da diretora do Fundo Estadual da Saúde (FES), Meriana Farid El Kek, e o diretor da Auditoria do SUS da Secretaria Estadual da Saúde, Bruno Naundorf.
Operação Camilo
A Operação Camilo foi deflagrada em 27 de maio de 2020 por uma força-tarefa entre Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, Ministério Público Federal e Ministério Público do Rio Grande do Sul. Foram cumpridos 129 medidas judiciais decorrente da investigação que apura crimes de fraude a licitação, peculato, corrupção passiva, organização criminosa, ocultação de bens, crime de responsabilidade e desobediência.
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O prejuízo estimado é de R$ 15 milhões em recursos da saúde repassados pela União e pelo Estado a uma organização social. Na ocasião, 15 pessoas foram presas, entre elas Rafael Barros, ex-prefeito de Rio Pardo, e o ex-procurador do município Milton Schmitt Coelho. Ambos foram soltos no início de julho do ano passado.
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Depois disso, a gestão do hospital passou para o IAHCS, entidade indicada por um grupo formado por integrantes do governo do Estado e do Ministério Público. No início de dezembro de 2021, a Prefeitura de Rio Pardo informou o repasse de R$ 1 milhão para a casa de saúde.
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