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SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

Geoparque Vale do Rio Pardo quer obter certificação junto à Unesco

Enoir Greiner, Carlos Rodrigues e Djalmar Marquardt: a região tem potenciais fósseis

O projeto do Geoparque Vale do Rio Pardo está em andamento há quase dois anos e promete ser uma ação importante para destacar os potenciais turístico e científico da região. Desde sua concepção, a iniciativa apresentou avanços e se consolidou nas áreas de sustentabilidade ambiental e no campo educacional, com ênfase na paleontologia.

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Segundo o presidente da Associação de Turismo da Região do Vale do Rio Pardo (Aturvarp), Djalmar Marquardt, 66 anos, está sendo feito o levantamento de geossítios em áreas que englobam cerca de nove municípios. Além disso, pensa-se também na estrutura administrativa do geoparque. “Apresentamos a ideia aos prefeitos durante a Feira da Produção, em Vera Cruz. A próxima etapa é a formação de um consórcio intermunicipal que deve envolver municípios que compartilham a mesma formação geológica com fósseis.”

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O foco do Geoparque será a paleontologia, mas também deverá destacar a beleza natural da região. Conforme Marquardt, o projeto pretende seguir o exemplo de outros geoparques do Rio Grande do Sul que são certificados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), como o Parque da Quarta Colônia, o Parque de Caçapava do Sul e o Cânion do Sul.

Marquardt destaca que se buscará a certificação da Unesco. “É um processo demorado e pode levar cerca de seis anos, semelhante ao tempo que outros parques levaram para obter a certificação.” Ele ressalta que a formação do consórcio permitirá a contratação de profissionais especializados para administrar o Geoparque e estabelecer convênios com cientistas e universidades.

A futura sede do Geoparque deve ser definida pelo consórcio, com as cidades de Candelária, Vale do Sol, Vera Cruz, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Rio Pardo, Passo do Sobrado e Vale Verde inicialmente integrando o projeto. Há a possibilidade de outros municípios se juntarem à iniciativa.

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O presidente afirma que o Geoparque representará uma mudança de paradigma para o turismo na região, atraindo visitantes interessados em paleontologia e contribuindo para o desenvolvimento econômico local. “Estamos cientes de que haverá custos para administrar o projeto, mas estamos empenhados em buscar recursos de diversas fontes para tornar essa iniciativa uma realidade”, salienta.

Candelária mostra potencial na paleontologia

O Geoparque do Vale do Rio Pardo será uma oportunidade para a região mostrar os seus potenciais, como o município de Candelária, conhecido por ser a Terra dos Dinossauros, como explica o geólogo e mentor da ideia, Enoir Greiner, 68 anos. “É uma oportunidade para explorar e conhecer a história única da nossa região, que é rica em fósseis. Candelária é considerada o berço da pesquisa paleontológica no Estado, tornando-se um centro de referência para o estudo do período Triássico.”

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Segundo o geólogo, a ideia do Geoparque é colocar a região na rota internacional de turismo, atraindo estudantes e pesquisadores do mundo inteiro. Greiner ressalta que a presença de museus e geossítios nas cidades envolvidas fortalecerá o setor e promoverá a troca de conhecimento global. “O Geoparque vai permitir que cidades com museus e geossítios se conectem e se fortaleçam nesse setor, criando uma rede internacional de interesse paleontológico.”

O Museu Municipal de Candelária Aristides Carlos Rodrigues será uma peça fundamental no projeto, devido à importância histórica e científica da instituição. “Candelária tem 90 anos de dedicação à paleontologia. Durante essas décadas, mais de mil indivíduos foram retirados dos solos candelarienses, envolvendo 38 espécies de animais pré-históricos. Nosso museu exibe 60 animais em exposição, e recentemente recebemos esculturas que vão completar 25 réplicas desses animais”, explica o curador Carlos Rodrigues, 64 anos.

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Ele ressalta que o museu possui uma das mais completas coleções de fósseis do Brasil. “Nossos fósseis são de extrema importância e colocam o País em uma posição privilegiada no estudo do Triássico, um período que vai de 220 a 240 milhões de anos atrás. Esse período é crucial para entendermos a evolução dos dinossauros, dos répteis e de outros animais que deixaram descendentes até os mamíferos e as aves atuais.”

O Museu de Candelária funciona na Rua Botucaraí e está com espaço limitado. Conforme Carlos Rodrigues, o plano é de expansão. “Esperamos em algum momento ter um prédio próprio, com melhores condições para atender à demanda de grupos de turistas e visitantes internacionais.”

Para manter as atividades e realizar pesquisas, o museu conta com o apoio de diversas entidades e centros de educação, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul  (Ufrgs), a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a Universidade de Santa Cruz (Unisc), além de Unisinos, Univates e universidades internacionais, como as de Bristol e Varsóvia.

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