O amanhecer de segunda-feira, 31, foi o mais frio deste ano no Estado. No Vale do Rio Pardo, pelo menos cinco municípios amanheceram com mínimas abaixo de 5 graus. De acordo com a MetSul Meteorologia, os termômetros chegaram a 3,8 graus em Santa Cruz do Sul. A temperatura mais baixa foi registrada em Sobradinho, com 1,6 grau.
Em alguns municípios, as temperaturas mínimas oscilaram entre 1,7 grau e 3,8 graus e houve formação de geada em pontos localizados. O fenômeno foi registrado em Santa Cruz do Sul – em Linha Araçá, no interior de Monte Alverne – e no município de Segredo, na localidade de Vila Serrinha Velha.
Em Porto Alegre, a mínima desceu a 4,6 graus, a menor marca para maio desde 1997. A meteorologista Estael Sias destaca que o frio, que já estava previsto, é consequência de uma massa de ar seco e polar que ingressou no Estado no último fim de semana, provocando quedas bruscas de temperatura em diversos pontos do território gaúcho. A previsão é que nesta quarta-feira, 2, quando essa massa de ar polar se afasta, as temperaturas entrem em gradativa elevação.
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“Na quarta-feira, com previsão de um dia mais úmido e com nuvens, a temperatura mínima ficará ao redor de 12 graus. Esta terça-feira ainda será bem fria, mas as marcas ficarão de 1 a 2 graus mais elevadas que na segunda. É provável que no fim de semana, como irá esquentar, possa ocorrer chuva forte com temporais isolados”, informa.
Tabaco não é prejudicado
As temperaturas baixas e a geada registrada em pontos específicos não chegaram a prejudicar a cultura do tabaco, porque as mudas ainda não começaram a ser transplantadas para a lavoura. De acordo com o extensionista da Emater/RS-Ascar, Vilson Piton, embora a época seja de preparação de canteiros, o cuidado com as mudas precisa ser constante, já que elas não estão imunes à geada e devem ser bem protegidas.
“Os produtores estão agora na fase de repicagem das mudas nos canteiros e não têm maiores problemas, mesmo que a geada seja forte. No entanto, o cuidado com as mudas que estão nas bandejas deve ser constante, ainda mais neste período. Elas ficam sobre uma lâmina de água e não se pode deixar baixar o nível dessa água. O ideal é deixar entre 8 e 10 centímetros, para que a água não congele e queime as plantas”, destaca. Para proteger as mudas, ele esclarece que é preciso utilizar cobertura plástica para cobrir as bandejas – de preferência, dupla.
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Hortigranjeiros
Diferente do tabaco, que está bem guarnecido, os hortigranjeiros – em especial os cultivados em canteiros externos – são os mais prejudicados em razão da queima das folhas. Vilson Piton destaca que é comum algumas espécies terem quebra de produção neste período. “O frio atrasa o desenvolvimento de todas as culturas. O crescimento é mais lento e a qualidade também tende a ser afetada. No entanto, as culturas de outono e inverno são mais resistentes que as folhosas e acabam não tendo grandes prejuízos”, observa.
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