É no centro de Santa Cruz do Sul que está localizado o maior templo católico em estilo neogótico da América do Sul. A Catedral São João Batista é um símbolo da fé e mostra o que o ser humano é capaz de construir. A imponência da edificação nos faz questionar como era possível que uma igreja desse tamanho fosse erguida na década de 1930.
Além da importância religiosa, a Catedral é o principal ponto turístico urbano de Santa Cruz. Possui torres de quase 80 metros de altura, que podem ser vistas de diversos locais da cidade. Atualmente, a Catedral São João Batista passa por seu maior processo de restauração desde a inauguração, em 1939.
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No início deste ano, começaram os trabalhos do restauro e da pintura das portas internas e externas; restauro e pintura das escadas de acesso ao coro; impermeabilização das passarelas superiores, em volta do telhado, e adequação da subestação.
Na parte elétrica, será feita a substituição da fiação, do quadro geral e dos painéis de controle. O investimento total é estimado em R$ 6,2 milhões. Os recursos são captados junto à comunidade e empresas. No último dia 9, a equipe da Gazeta do Sul esteve na Catedral para uma visitação.
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Atualmente, não existe visita guiada e acesso à parte superior da igreja. Nesta reportagem especial, você confere alguns detalhes sobre essa importante referência arquitetônica, e também a respeito do processo de restauração. Fomos ao local onde fica a engrenagem do relógio, que também é próximo à estrutura interna das abóbadas, e também aos dormitórios antigamente utilizados pelos padres jesuítas, os primeiros responsáveis pela antiga Matriz e pela atual Catedral.
As tratativas para a construção da Catedral São João Batista começaram em 1855, quando Santa Cruz ainda era uma colônia. A primeira Igreja Matriz, que ficava na frente da atual, foi concluída em 12 de dezembro de 1861, mas sua inauguração só aconteceu dois anos mais tarde.
A igreja passou por ampliações que acompanharam o desenvolvimento econômico da então Vila de Santa Cruz: a primeira em 1880 e a segunda entre 1900 e 1901. Já por volta de 1920, mudanças no perfil socioeconômico de Santa Cruz levaram a comunidade a retomar a discussão sobre a construção de um novo templo.
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O projeto para a construção foi aprovado após muitos debates e obstáculos. Iniciada em 1928, atrás da então Matriz, e custeada pela comunidade, a obra finalmente foi concluída em dezembro de 1939. Iniciou-se então, em março de 1940, a demolição da antiga igreja.
Quem acompanhou a visita da Gazeta do Sul à Catedral foi o presidente da comissão de restauro e vice-presidente do conselho de administração, Paulo Roberto Habekost, e a presidente do conselho, Marlene Swarovsky. Eles contam que até o momento foi feito o restauro das portas, da escada de acesso ao coro e das passarelas superiores, entre outros. Um item que também já foi restaurado é a pia batismal.
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“Se tudo acontecer de acordo com o que prevemos e se o fluxo de entrada de recursos for adequado, levará até quatro anos”, diz Habekost. Para os dois, é importante que a herança dos antepassados que construíram a Catedral São João Batista seja preservada. É por isso que acreditam ser relevante o envolvimento com o restauro do templo. “Se não mantivermos, cada vez vai se deteriorar mais”, comenta Paulo. “Temos que deixar o exemplo para nossos filhos e netos. É um legado”, complementa Marlene.
Interessados em colaborar com a campanha Abrace a Catedral podem doar qualquer valor por Pix, com a chave e-mail catedralsjbatistascs@gmail.com. Além disso, no dia 26 deste mês será realizado um almoço no formato drive-thru, com o objetivo de arrecadar fundos. O valor é de R$ 40,00 e a retirada será entre 11 horas e 13h30, no Centro Comunitário da Catedral (acesso pela Rua Marechal Deodoro, 670, e saída para a Rua Thomaz Flores). O cardápio vai contemplar galeto, massa com molho, maionese e sagu. A venda de ingressos ocorre antecipadamente na secretaria da Catedral. Mais informações também podem ser obtidas pelo Instagram @abraceacatedral.
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